ESTUDOS

O BATISMO NAS AGUAS

AUTOR: PASTOR AGNALDO REIS


INTRO:
O batismo nas águas é o próximo passo importante nos primeiros princípios da doutrina de Cristo. O batismo nas águas não é apenas uma forma ou uma cerimônia sem sentido, mas uma experiência definida na vida de um crente néo-testamentário, como nos relatam, não só os evangelhos, senão também os Atos dos Apóstolos e as Epístolas. Hebreus 6:1-2; Atos 2:38-41
Atos 2.38 “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” Romanos 6.3-4 “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida”. Batismo ou batizar quer dizer “mergulhar, submergir, imergir” Marcos 1:5, João 3:23; Atos 8:36-39. Por definição e uso a palavra quer dizer “meter em água ou debaixo dela de modo a inteiramente imergir ou submergir”.

I)VOCÊ PODE SER BATIZADO?
QUEM PODE?
TODOS AQUELES QUE CREEM
O batismo destina-se a quem crê (Marcos 16:16; At. 8:36-38). O batismo só deve ser ministrado a quem já alcançou a idade da razão, a consciência de pecado, tenha se convertido a Jesus, tenha experimentado arrependimento sincero de pecado, tenha crido pela fé em Cristo e tenha certeza de sua salvação. Não tem sentido batizar crianças recém-nascidas. Isto não existe na Bíblia. A criança ainda não pode crer e crer é um ato de fé. Ninguém pode exercer fé no lugar da criança nem por qualquer outra pessoa. Cada um responde por si diante de Deus (Rom. 14:12).
Em nossa igreja costumamos apresentar a Deus as crianças, orando para que Deus as abençoe e as livre do mal. Isto sempre de acordo com o desejo dos pais. Isto é muito importante pois é uma tradição bíblica desde o V.T. e era feito sempre pêlos judeus. O próprio Senhor Jesus, com oito dias de nascido, foi levado ao templo, apresentado a Deus (Luc. 2:21-24). Porém, isto nada tem a ver com o batismo. Se uma criança morrer antes de atingir a consciência de pecado, estará salva, pois viveu só no período da inocência. O batismo não salva nem ajuda a salvar, nem tão pouco lava os pecados de ninguém, mas é necessário para obedecer a ordenança de Jesus. O batismo é para os já salvos. Seria profanação desta ordenança batizar pessoas não convertidas e perdidas. No entanto, todo aquele que já se arrependeu e tem certeza do perdão , creu em Cristo pela fé e tem certeza da salvação, sente o desejo incontrolável de selar a sua fé pelo testemunho público do batismo. Todo salvo deve batizar-se para cumprir e obedecer a ordenança do Senhor Jesus. A Bíblia nos mostra vários exemplos. Todos que criam e eram salvos eram logo batizados (At. 2:38 e 41; 8:12 e 16; 8:36-38; 9:18; 10:47,48; 16:33; 18:8; 19:5; etc).

II) VOCÊ QUER SER BATIZADO(a)?
POR QUE?
1-PARA SER SALVO?
Efésios 2.8"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus."
O batismo não salva ninguém. Não a poderes milagrosos no batismo,Jesus disse que quem crer (e for batizado por crer) será salvo e quem não crer será condenado; note que ele não disse

"quem não for batizado será condenado", mas sim "quem não crer". O batismo segue a fé que nos leva à salvação, mas ele em si não é um meio de salvação. Que o diga aquele ladrão que foi crucificado com Cristo e a quem Jesus disse que estaria com ele ainda aquele dia no paraíso (Lucas 23:39 a 43); ele somente creu e nem pôde ser batizado, mas não deixou de ser salvo por isto. O batismo, portanto, não salva, mas nem por isso deixa de ser importante e necessário; aquele ladrão não tinha condições de passar pelo batismo, mas alguém que crê deve obedecer à
ordenança de Cristo e ser batizado, caso contrário estará em deliberada desobediência a Deus, o que poderá impedir-lhe de entrar para a vida eterna. Podemos dizer que o batismo é parte do processo de salvação, mas não que ele em si salve; o apóstolo Pedro escreveu o seguinte acerca do batismo:
“Não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio de Jesus Cristo” (I Pedro 3:21).

2-PARA FAZER PARTE DO CORPO DE CRISTO ?
“Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo“. (Romanos 10.9)
Ser batizado as águas não é o mesmo que ser nascido de novo.O novo nascimento é uma experiência, espiritual, invisível, produzida pelo Espírito Santo em nos, quando nos arrependemos de nossos pecados e aceitamos Jesus como único e suficiente salvador

3-UM TESTEMUNHO PUBLICO ?
“Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32)

A finalidade do batismo é dar testemunho público da minha fé e salvação em Jesus Cristo. Quando eu sou batizado estou declarando que me arrependi dos meus pecados e fui perdoado, cri e aceitei a Cristo como meu único Salvador e Senhor, que Jesus morreu por mim na cruz do Calvário, que eu aceitei pela fé este sacrifício e que estou salvo, bem como minha vida. Esta é a finalidade: Sem palavras proclamar de público, e diante da igreja, a transformação e mudança que Jesus realizou em meu interior.

A)-MORTE E RESSURREIÇÃO DE CRISTO
A-1) Quando o candidato ao batismo é mergulhado nas águas, ele esta representando a morte te Jesus
A-2) Quando e trazido de volta a superfície, está representando a ressurreição de Jesus.

B)-FÉ NA RRESSURREIÇÃO
QUANDO O CANDITADO E BATIZADO ELE ESTA DIZENDO:
Eu creio que Jesus morreu pelos meus pecado, mas ao terceiro dia ressuscitou e intercede a direita de Deus ao meu favor

C)-JESUS E DEUS
QUANDO O CANDITADO E BATIZADO ELE ESTA DIZENDO:
Eu creio que Jesus é Deus, pois um homem comum não poderia, ressuscitar por seu próprio poder estando morto por três dias.
D)-O HOMEM É PECADOR
QUANDO O CANDITADO E BATIZADO ELE ESTA DIZENDO:
Eu tenho consciência que sou pecador, e creio que Jesus morreu pelos nossos pecados, pois através da sua morte e salvação fomos perdoados.
Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos.(RM 5.19)

E)-A BIBLIA E A PALAVRA DE DEUS
QUANDO O CANDITADO E BATIZADO ELE ESTA DIZENDO:
Eu creio que A Bíblia Sagrada e a palavra de Deus, e por isso cumpro o que nela está ordenado, me batizando.
Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.(ITM 1.15)

F)-NOVO VIVER
QUANDO O CANDITADO E BATIZADO ELE ESTA DIZENDO:
Eu morri para o mundo, e para todo o seu sistema pecaminoso, e não estou mais sobre o seu domínio, e renasci para uma nova Vida de comunhão com Deus. Servir a Jesus significa abandonar o velho caminho de trevas e começar a andar pela trilha da luz, algo inteiramente novo, as decisões na Casa de Deus não podem ser mais fruto de emocionalismo vazio ou pressão circunstancial.
"Eis que tudo se fez novo". II Co 5.17.

G)-ESPERANÇA
QUANDO O CANDITADO E BATIZADO ELE ESTA DIZENDO:
Eu creio que assim como Jesus ressuscitou de entre os mortos, assim também todos aqueles que viveram em comunhão com ele, um dia ressuscitarão para viver nas moradas celestiais eternamente
Jesus disse: "E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também" (JOÃO 14.3)
Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." (1 CO 15.52)

4-ATO DE OBEDIENCIA ?
O BATISMO É UMA EVIDENCIA DE QUE ESTAMOS DISPOSTOS A OBEDECER A DEUS EM TUDO
O batismo deve ser visto como um selo da justiça que vem pela fé, e evidentemente deve seguir a obediência de Deus e a sua palavra, como determinam as palavras finais de Jesus que se encontram registradas no evangelho de Marcos:
E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado" (Mc. 16:15,16).
Porque ma chamais, Senhor e não fazeis o que eu digo (LC 6.46)


PASCOA

ORIGEM : A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα) ; Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), depois de os descendentes de Abraão (Abrão) passarem mais de 400 anos aproximadamente no de servidão no Egito, o povo clamou a Deus que suscitou Moises e o designou como lider do exodo e atravez dele Deus lançou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Deus que todos os primogênitos Egípcios seriam exterminados, mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e Deus passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, inclusive o filho de faraó. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida em 1445 A.C
A partir daquele momento o povo Hebreu, posteriormente chamados de Judeus, passaria a comemorar a pascoa todos os anos, na primavera, em data aproximada a "Sexta feira santa", obedecendo as ordenaças Divinas para aqule rito.
Porem o sacrificio passou a ser apenas comemorativo, diferente do primeiro no Egito, que foi um sacrificio eficaz.
Em cada pascoa o povo se reunia segundo sua familia, sacrificavam um cordeiro (que tipificava o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo "JESUS"), tiravam todo o fermento que por ventura tinham em suas casa (fermeto que simbolisava o "PECADO") e comiam ervas amargas para se lembrarem da servidão no Egito e contavam a Historia de como o JEOVÁ livara seus ancestrais da escravidão.
Assim os Jedeus relembravam sua libertação do egito de gereção em geração.

Porem o Novo Testamento, afirma explicitamente que as festas Judaicas eram apenas "SOMBRAS" das coisa futuras(CL 2.16,17; HB 10.1).

LEMBRAR DE CRISTO: Note alguns detalhes da Pascou que nos fazem lembrar de Cristo
1- GRAÇA: Diferente do que fazemos no mundo em que vivemos, Deus nao tirou o povo do Egito por que eles mereciam, mas por que os amou e por ser fiel ao seu concerto com o povo Da mesma cristo Nos traz Salvação, não por que somos merecedores, mas por que nos amou incondicionalmente.

2- LIVRES DA MORTE: O sangue do cordeiro nos umbrais da portas, prefigurava o livramento da morte espiritual, que sangue de Cristo derramado na cruz nos proporciona.

3- CORDEIRO: O cordeiro era um sacrificio que que servia de substituto dos primogenitos, e isto prenunciava o sacrificio de Cristo em lugar daqueles que crerem.
Assim disse João Batista: Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!


4- SEM MÁCULA: O cordeiro para o sacrificio, só seria aceito se nao tivessa mácula, Assim o sacrificio pela humanidade só seria aceito se o cordeiro fosse sem máculas, esse cordeiro foi Cristo Jesus, sem mácula (Sem pecado).

4- FERMENTO: O cordeiro não poderia ser acompanhado por fermento, o fermento deveria ser tirado de casa, o fermento simbolisava o pecado, e assim como os Hebreus deveria se separar do fermento(pecado) assim são aqueles que participam da pascoa em Cristo Jesus, devem





Seis razões porquenossas orações não são respondidas
(autor: desconhecido"caso voce seja o autor entre em contato")

ntrodução:
O diabo tem usado uma estratégia astuta para enganar os crentes é fazer com que duvidem da fidelidade de Deus. Satanás quer que acreditemos que Deus fechou os ouvidos para nosso choro, e que nos deixa sozinhos para resolvermos as coisas por nós mesmos.
Acredito que a maior tragédia na igreja de Jesus Cristo nos dias de hoje, é que agora muitos poucos acreditam no poder e fidelidade de Deus.
Alguns dizem, só quero ver uma pequena evidência de que Deus está mudando as coisas a meu favor, mas elas continuam do mesmo jeito, nada acontece. Será que alguém pode me dizer quanto tempo devo esperar?”. Esta pergunta tem ecoado pelos lábios e corações de milhares de cristãos em todo o mundo”.
Estou absolutamente convicto que essas pessoas deixaram de visitar o lugar secreto (de oração), porque estão convencidas de que suas petições, nascidas da oração, de alguma forma não chegam ao trono. Outras estão convencidas de que apenas pessoas do tipo de Daniel, Davi, e Elias conseguem que suas orações cheguem a Deus.
Muitos filhos de Deus têm travado verdadeiras batalhas e lutam contra estes pensamentos e questionam-se dizendo:
"Se os ouvidos de Deus estão abertos para minha oração, e oro com diligência, porque existe tão pouca evidência de que Ele está respondendo?".
Será que há uma certa oração que você tem feito já há muito tempo, e que ainda não obteve resposta? Até mesmo anos já se passaram e você ainda aguarda, esperançoso, e, no entanto com dúvidas?
Tomemos o cuidado em não fazer como Jó, que acusou Deus de ser preguiçoso; e de não se preocupar com nossas necessidades e petições. Jó queixou-se:
"Clamo a ti, e não me respondes; estou em pé, mas apenas olhas para mim" (Jó 30.20).
A visão dele quanto à fidelidade de Deus estava empanada por suas dificuldades do momento, e ele acabou acusando Deus de se esquecer dele. Deus o repreendeu severamente por isto.
Creio queridos irmãos que é tempo de nós cristãos olharmos honestamente para as razões pelas quais nossas orações são abortadas e não estão sendo atendidas. Podemos estar sendo injustos e ser tomados como culpados de acusar Deus de negligência, quando o tempo todo é nossa própria conduta que é a responsável por não sermos atendidos.

QUERO MENCIONAR PELO MENOS SEIS, DAS MUITAS RAZÕES PORQUE NOSSAS ORAÇÕES NÃO ESTAO DENDO ATENDIDAS.

1. Na maioria das vezes nossas orações são abortadas porque não estão de acordo com a vontade de Deus.

Às vezes imaginamos que podemos orar tudo o que nossas mentes egoístas possam conceber. Achamos que temos permissão para entrar na presença de Deus e dar vazão à nossas tolas idéias, e falatórios impetuosos. Se Deus assinasse todas as petições sem sabedoria que Lhe fazemos, Ele estaria negando a Sua grandiosa sabedoria.
Acredito que existe um modelo de oração. Uma espécie de lei. É uma lei com o intuito de exterminar orações desprezíveis e egoístas ao mesmo tempo, tornando possível aos que procuram com honestidade, o pedir com confiança.
Em outras palavras, podemos orar por qualquer coisa que queiramos, desde que seja da Sua vontade. Preste atenção no que o apostolo João escreveu:
"Se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve" (I Jo. 5.14).
É interessante este versículo, perceba que quem escreve é o apostolo João, no ano 90 d.C. o mesmo João que há 58 anos atrás, aproximadamente no 32 d.C. quando estava juntamente com Tiago, quando da ocasião que Jesus não foi recebido pelos Samaritanos, eles fizeram um pedido ao Senhor da seguinte maneira: "Queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?" Jesus respondeu: "Vós não sabeis de que espírito sois" (Lc. 9:54,55).
Jó, em sua tristeza, implorou a Deus que lhe tirasse a vida. E se Deus tivesse atendido tal oração? Esse modo de orar era contrário ao desejo de Deus. A palavra nos previne: "Que sua boca não seja apressada em falar perante o Senhor".
Daniel orou da forma correta. Primeiro, foi às escrituras para pesquisar a mente de Deus. Tendo recebido instruções claras, e certo da vontade dEle, ele corre para o Seu trono com poderosa confiança. "Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração"(Dn. 9.3).
Os cristãos dos tempos modernos sabem bem o que querem e muito pouco sobre o que Deus quer.

2. Nossas orações podem ser abortadas quando têm como meta o realizar cobiça secreta, sonhos ou ilusões.
Vejamos o que a Palavra de Deus nos diz, "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres" (Tg. 4.3).
Deus não responderá nenhuma oração que aumente nossa honra, ou que favoreça nossas tentações. Em primeiro lugar, Deus não responde nenhuma oração de uma pessoa que abrigue cobiça no coração. Todas as respostas são em função do arrancar de nossos corações o mal, a lascívia, e os pecados que nos assediam.
O Salmista afirma:
"Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido" (Sl. 66.18).

O teste para saber se nosso pedido é ou não baseado na cobiça é muito fácil. Como lidamos com demoras e recusas é a dica. Orações baseadas na cobiça exigem respostas rápidas. Se o coração lascivo não recebe rapidamente o objeto desejado, fica reclamando, chora, e desmaia, ou desabafa numa fase de murmuração e reclamação, finalmente acusando Deus de estar surdo.
O povo de Israel O acusou. "Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso?"(Is. 58.3).
O coração de cobiça não pode ver a glória de Deus em Suas recusas e demoras. No entanto, não teve Deus maior gloria em não atender a oração de Cristo para salvar Sua vida, se possível, da morte? Imagine, onde estaríamos hoje se Deus não tivesse recusado aquele pedido.
Deus, na Sua justiça, está obrigado a atrasar ou recusar nossas orações até que estejam purificadas de todo egoísmo e cobiça.
Novamente o Salmista afirma:
“...retidão e justiça são à base do Seu trono”. (Sl. 89.14; 97.2)
Será que uma razão simples explicaria o motivo pelo qual a maioria de nossas orações são impedidas? Seria isso resultado do flerte que estamos tendo com a lascívia, ou com um pecado que nos aflige? Será que nos esquecemos que apenas aqueles de mãos limpas e corações puros podem colocar os pés em Seu monte sagrado? Somente um total abrir mão de um pecado de estimação abrirá as portas do céu e liberará as bênçãos.
Ao invés de abrir mão, corremos de conselheiro a conselheiro, tentando encontrar ajuda para lidar com o desespero, o vazio, e o nervosismo. No entanto, é tudo em vão porque o pecado e a cobiça ainda não foram arrancados.
O pecado é a raiz de todos os nossos problemas. A paz vem apenas quando nos rendemos e abandonamos toda cobiça e pecado secreto.

3. Nossas orações podem ser negadas quando não mostramos zelo em ajudar Deus na resposta.
Vamos a Deus como se Ele fosse uma espécie de parente rico, que nos auxiliará e dará tudo que pedirmos, enquanto que não levantamos nem um dedo para ajudar. Levantamos nossas mãos a Deus em oração, depois as colocamos nos bolsos.
Esperamos que nossas orações façam com que Deus trabalhe para nós, enquanto ficamos sentados esperando, pensando: "Ele tem todo o poder; eu não tenho nenhum, então vou simplesmente ficar quietinho, e deixar que Ele faça o trabalho".
Parece uma boa teologia, mas não é. Deus não vai admitir a presença de nenhum pedinte preguiçoso à Sua porta.
O apostolo Paulo, dá um conselho na sua carta a igreja de Tessalônica dizendo:
"...Vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma" (II Ts. 3.10).
Não há nada em desacordo com as escrituras sobre o ajuntar suor à nossas lágrimas. Tome, como exemplo, a questão de orar por vitória sobre um desejo secreto que permanece no coração. Será que você simplesmente pede a Deus para tirá-lo de forma milagrosa, depois fica sentado, esperando que o desejo morra por si? Nenhum pecado jamais foi destruído num coração, sem a cooperação da mão do próprio homem, como no caso de Josué. Durante toda à noite, ele ficou prostrado lamentando a derrota de Israel. Deus o colocou de pé dizendo:
"Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o rosto? Israel pecou. Dispõe-te, santifica o povo..."(Js 7.10-13).
Deus tem todo o direito de nos dizer: "Por que ficar sentado preguiçosamente esperando um milagre? Não lhes ordenei que fugissem da simples aparência do mal? Vocês têm que fazer mais do que simplesmente orar contra seus desejos, mas também são ordenados a fugir deles. Vocês não podem descansar até que tenham feito tudo que lhes foi ordenado".
Não podemos ceder à nossa cobiça e maus desejos o dia inteiro, e depois correr para o lugar secreto à noite para orar por um milagre de libertação.
O pecado secreto faz com que não sejamos bem sucedidos com Deus em oração, porque na realidade, pecado não entregue significa ficar do lado do diabo. O poderoso rei Nabucodonosor afirmou dizendo que um dos nomes de Deus é "Revelador de Segredos"(Dn. 2.47). Ele precisa trazer à luz os segredos escondidos das trevas, não importa o quão santo seja aquele que procura escondê-lo. Quanto mais uma pessoa se esforça em esconder um pecado, quanto mais certo é que Deus o exponha. O caminho nunca está livre para o pecado secreto.
Moises expõem esta realidade de sua autoria. "Diante de ti puseste as nossas iniqüidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos" (Sl. 90.8).
Deus protegerá Sua própria honra acima da reputação daqueles que pecam expôs o pecado de Davi para conservar Sua própria honra perante os ímpios. E Davi, que era tão zeloso de seu bom nome e reputação, até hoje permanece à nossa frente exposto e ainda confessando, toda a vez que lemos sobre ele nas escrituras.
Pode ter certeza de uma coisa, Deus não permitirá que bebamos de águas furtadas, e depois tentemos beber de Sua fonte sagrada. Não apenas nosso pecado secreto irá nos desmascarar, mas também nos impedirá de receber o melhor de Deus e trará uma torrente de desespero, dúvida, e medo.
Não culpe Deus por não ouvir suas orações se você não está ouvindo o chamado d'Ele para ser obediente. Você vai acabar blasfemando contra Deus, e acusando-O de negligência, enquanto que o tempo todo o culpado será você.

4. Nossas orações podem ser abortadas por um ressentimento secreto alojado no coração contra outra pessoa.

Cristo não lidará com ninguém que tenha um espírito irado e que não perdoe. Somos ordenados a que:
"Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual" (I Pe. 2.1,2).
Cristo nem mesmo se comunicará com uma pessoa briguenta, desagradável, e que não perdoe. A lei de Deus sobre oração é clara sobre este assunto, "...levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade" (I Tm. 2.8).
Por não perdoarmos os pecados cometidos contra nós, tornamos impossível a Deus o nos perdoar e abençoar. Ele nos ensinou a orar: "Perdoa-nos, como perdoamos aos outros".

Será que existe um ressentimento contra alguém queimando em seu coração? Não tente convencer a Deus dizendo-se no direito. Deus leva este tipo de coisa muito a sério.Todas as brigas e disputas entre os irmãos e irmãs cristãos devem entristecer Seu coração muito mais do que todos os pecados dos ímpios. Não admira que nossas orações encontrem impedimento, tornamo-nos muito obcecados por nossos próprios sentimentos magoados, e tão preocupados com a forma com que fomos maltratados pelos outros.
Existe também uma maligna falta de confiança crescendo nos círculos religiosos. Invejas falta de caridade, amargura e um espírito de vingança, tudo em nome de Deus. Não deveríamos nos espantar se Deus fechar as próprias portas do céu para nós, até que aprendamos a amar e perdoar. Sim, até mesmo àqueles que mais nos feriram.
Às vezes nosso barco esta prestes a afundar porque insistimos em manter este tipo de Jonas a bordo do nosso coração. Eu poderia lhes dizer o seguinte: Tire este Jonas de seu barco e a tormenta cessará.


5. Nossas orações podem ser abortadas por não esperarmos muito delas.
Aquele que espera pouco da oração, não terá muito poder ou autoridade na oração. Quando questionamos o poder dela, nós o perdemos. O diabo está querendo roubar nossa esperança fazendo parecer que a oração não é mais eficaz.
Como Satanás age com astúcia e esperteza. Há séculos ele vem tentando enganar a todos com mentiras e medos desnecessários. Preste atenção no exemplo que a própria Palavra de Deus nos mostra. Quando trouxeram a Jacó a falsa notícia de que José havia sido morto, isso o deixou doente de desespero mesmo sendo mentira. José estava vivo e prosperando, enquanto todo esse tempo o pai se angustiava em sofrimento tendo acreditado na mentira. Da mesma forma Satanás está tentando hoje nos enganar com mentiras. Medos inacreditáveis roubam do crente a alegria e confiança em Deus. de não ouve todas as orações. Ele ouve apenas orações dos que crêem. Oração é a única arma que temos contra a ardente escuridão do inimigo. Esta arma precisa ser usada com grande confiança, porque caso contrário não teremos outra defesa contra as mentiras de Satanás.
Nossa falta de paciência é prova suficiente de que não esperamos muito da oração. Deixamos o lugar secreto da oração, prontos a prosseguir nosso caminho de qualquer jeito. Alguns ficariam até chocados se Deus realmente respondesse.
Pensamos que Deus não nos ouviu porque não vemos nenhuma evidência de resposta. Mas disto você pode ter certeza, quanto mais uma oração é protelada, tanto mais perfeita será finalmente a resposta. E também, quanto maior o silêncio, mais barulhenta a resposta.
Abraão orou por um filho, e Deus respondeu. No entanto, quantos anos se passaram até que ele segurasse aquela criança nos braços? Toda oração de fé é ouvida no momento em que é feita, mas Deus escolhe responder de Seu próprio modo e em Seu próprio tempo. Enquanto isto, Ele espera que nos alegremos nas promessas Suas, e que nos banqueteemos na esperança enquanto esperamos pelo cumprimento. Além disso, Ele envolve Suas recusas no doce pacote do amor, para impedir que caiamos no desespero.

6. Nossas orações são abortadas quando nós mesmos tentamos dizer como Deus deveria responder.

A única pessoa para a qual ditamos leis é exatamente para aquela em quem não confiamos. Aqueles em quem confiamos, deixamos livres para fazerem o que consideram certo. No final é tudo uma questão de falta de confiança.
Parece-me que o verdadeiro cristão, depois de ter despejado seu coração ao Senhor em oração, submete-se à fidelidade, à bondade e à sabedoria de Deus. O verdadeiro crente deixa o modelo da resposta entregue à misericórdia de Deus. Qualquer que seja a forma escolhida por Deus para responder, essa resposta será bem vinda pelo crente.
Davi orou diligentemente por sua casa, e depois entregou tudo à promessa de Deus.
"Ainda que a minha casa não seja tal para com Deus, contudo estabeleceu comigo um concerto eterno" (II Sm. 23.5 ).
Aqueles que prescrevem a Deus o como e quando responder, na realidade estão apenas limitando o Senhor sem perceber. Confiam apenas em resultados finais e não em promeças.Mas Deus não será constrangido pelo tempo, maneira, ou meios de responder. Ele irá por todo o sempre fazer abundantemente mais do que pedimos, ou pensamos pedir. Responderá com saúde, ou com graça que é melhor que saúde. Mandará amor, ou algo além disto. Ele livrará, ou fará algo ainda maior.
Ele deseja que simplesmente deixemos nossos pedidos alojados em Seus poderosos braços, que lancemos todas nossas ansiedades sobre Ele, e que prossigamos em paz e serenidade na espera de Seu socorro. Acho que é trágico ter um Deus tão poderoso, e ter tão pouca fé n'Ele.
Basta de "Será que Ele pode?". Como isto deve irritar os ouvidos do nosso onipotente Deus. "Será que Ele pode perdoar? Ele pode curar? Será que pode agir por mim?" Fora com esse tipo de incredulidade! Ao invés, chegue-se a Ele "como a um fiel Criador". Quando Ana orou com fé, ela "levantou-se de seus joelhos para comer, e seu semblante não estava mais triste".
Quando você está abatido, e satanás sussurra em seu ouvido que Deus lhe esqueceu, tampe a boca dele usando estas palavras.
"Diabo - não é Deus quem se esqueceu, e sim eu. Eu me esqueci de todas as Suas bênçãos do passado, ou não poderia agora estar questionando Sua fidelidade."
Veja, a fé deveria ter boa memória. Nossas palavras precipitadas e apressadas são o resultado de termos esquecido Seus benefícios do passado. Deveríamos orar como Davi:
"E eu disse: isto é enfermidade minha; e logo me lembrei dos anos da destra do Altíssimo. Lembrar-me-ei, pois, das obras do SENHOR: certamente que me lembrarei das tuas maravilhas da antiguidade" (Sl. 77.10,11).
Rejeite aquele sussurro secreto da alma que insiste em dizer: "A resposta vai demorar tanto, que se vier nem vou aproveitar".
Você pode ser culpado de motim espiritual por não confiar que Deus irá responder no tempo mais oportuno. Pode ter certeza de que quando a resposta vier, virá na forma e na hora em que será mais apreciada. Se não vale a pena esperar por aquilo que você orou, então não vale a pena pedir.
Pare de se preocupar quanto ao receber, e aprenda a confiar.
Deus nunca suspira ou reclama do poder de Seus inimigos, mas sim da impaciência de Seu próprio povo. Eu imagino, como a falta de fé realmente fere Seu coração, com tantos imaginando se devem amá-Lo ou deixá-Lo.
Deus deseja que dependamos de Seu amor. Amor é o princípio a partir do qual Ele constantemente age, e disto Ele nunca se desvia. Quando Ele franze Sua testa, repreende com Seus lábios, ou levanta contra nós a Sua mão, mesmo nisto tudo, Seu coração arde de amor, e todos Seus pensamentos para conosco são de paz e bondade.
Toda hipocrisia jaz na desconfiança, e a alma que não pode depender de Deus não pode permanecer leal a Ele por muito tempo. No momento em que começamos a questionar Sua fidelidade, começamos a viver por nosso próprio entendimento e a tomar conta de nós mesmos. Muitas vezes agimos como os filhos apóstatas de Israel, como eles estamos dizendo.
" Levanta-te, faze-nos deuses... quanto a este Moisés... não sabemos o que lhe terá sucedido..." ( Ex. 32.1).
Você não é companhia para Deus a não ser que dependa d'Ele.
Quando você está abatido, tem permissão para gemer, mas não para murmurar.
Como pode o amor a Deus ser preservado no coração de quem murmura? A palavra chama a isto de "combater Deus". Tola é a pessoa que ousa encontrar defeito em Deus. Ele desafiará tal pessoa a colocar a mão sobre a boca ou então a ser consumida pela amargura.
O Espírito Santo em nós geme, com aquela indizível linguagem celestial que ora de acordo com a perfeita vontade de Deus. Mas a murmuração da carne que procede do coração do crente desiludido é veneno. Murmuração deixou uma nação inteira fora da Terra Prometida, e hoje em dia deixa multidões longe das bênçãos do Senhor. Gema se for preciso, mas Deus o livre de murmurar.
Aqueles que pedem com fé, seguem louvando em esperança.
"As palavras do SENHOR são palavras puras, prata refinada em cadinho de barro, depurada sete vezes" (Sl. 12.6).
Deus não permitirá que um mentiroso ou um quebrador de alianças entre em Sua presença, ou pise Seu monte sagrado. Como então podemos pensar que um Deus assim Santo possa algum dia quebrar Sua palavra para conosco? Deus fez para Si, um nome na terra, um nome de 'Fidelidade Eterna'. Quanto mais acreditarmos nisto, menos inquietas nossas almas ficarão. Na mesma proporção em que existe fé no coração, existe também a paz.
O profeta Isaias afirma: "No sossego e na confiança, estaria a vossa força" (Is. 30.15).
As promessas de Deus são como uma placa de gelo num lago congelado, e Ele nos diz! Pise, pode andar sobre ela que não se quebrara com o seu peso. O que crê nisto e aventura-se sobre ela com coragem, andara seguro; o cético, o que pisa com medo, receoso de que se quebre sob seu peso e o deixe debatendo nas águas geladas, continuara a pisar apenas na margem, vivendo uma vida de medos e receios.
Um conselho! Jamais, jamais questione por que você não está ouvindo Deus no momento.
Se Deus está demorando, simplesmente quer dizer que seu pedido está ganhando juros no banco de bênçãos de Deus. Os santos de Deus tinham tanta certeza de que Ele era fiel às Suas promessas, que festejavam antes mesmo de verem qualquer resultado. Seguiam felizes como se já as tivessem recebido. Deus deseja que paguemos em louvor, antes de recebermos as promessas. O Espírito Santo nos assiste em oração, e Ele não é bem-vindo ao trono? O Pai negará o Espírito? Nunca! Esse gemido na alma não é senão o próprio Deus, e Deus não negará a Si mesmo.

Conclusão

Apenas seremos os perdedores se não voltarmos a vigiar e orar. Nos tornamos frios e inconseqüentes quando evitamos o lugar secreto de oração. Que triste despertar o daqueles que descuidadamente guardam ressentimentos secretos contra o Senhor por não responder suas preces, quando o tempo todo à culpa é toda nossa, por termos sido preguiçosos, não fazendo a nossa parte. Não temos sido eficazes nem fervorosos. Não nos trancamos com Ele. Não colocamos de lado os pecados que nos assolam. Na maioria das vezes pedimos para consumi-los em nosso próprio desejo. Temos sido materialistas, preguiçosos, descrentes, cheios de dúvida e depois ficamos a imaginar por que nossas orações não são respondidas.
Quando Cristo voltar, não encontrará fé na terra, a não ser que voltemos para dentro do lugar secreto, trancados com Cristo e Sua palavra. O tempo é curto; o dia do Senhor está próximo. Não deveríamos então estar vigiando e orando?

Deus nos ajude..



AS SETE MARCAS DE UM GUERREIRO

(I Samuel 16.18)
(autor: desconhecido)
“Respondeu um dos mancebos: Eis que tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é valente e animoso, homem de guerra, sisudo em palavras, e de gentil aspecto; e o Senhor é com ele”. (Grifo do autor)
Introdução: Em toda a parte o Senhor está levantando guerreiros para o Seu exército. Deus chama homens e mulheres, capacita-os e os coloca no campo de batalha. É sobre essa capacitação que quero falar.
“Capacitação”, na verdade, é a marca, ou, as marcas, que o Senhor põe no guerreiro. Essas marcas vão nos garantir a vitória contra as retaliações de satanás.
“As sete marcas de um guerreiro”


1º SABER TOCAR

- Talvez você não saiba tocar nenhum instrumento musical, mas isso não o impede de ser um verdadeiro adorador. Saber tocar, aqui, significa ser adorador.
A primeira função da igreja é adorar o Senhor.
Mateus 4.10.
“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás”.
Nesse texto nós vemos primeiro adoração depois serviço.
A adoração é a mais poderosa arma de guerra espiritual.

II CR. 20.17-22

“Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados e vede o livramento que o Senhor vos concederá, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor está convosco. Então Jeosafá se prostrou com o rosto em terra; e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, para o adorarem. E levantaram-se os levitas dos filhos dos coatitas e dos filhos dos coraítas, para louvarem ao Senhor Deus de Israel, em alta voz. Pela manhã cedo se levantaram saíram ao deserto de Tecoa; ao saírem, Jeosafá pôs-se em pé e disse: Ouvi-me, ó Judá, e vós, moradores de Jerusalém. Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e sereis bem sucedidos. Tendo ele tomado conselho com o povo, designou os que haviam de cantar ao Senhor e louvá-lo vestidos de trajes santos, ao saírem diante do exército, e dizer: Dai graças ao Senhor, porque a sua benignidade dura para sempre. Ora, quando começaram a cantar e a dar louvores, o Senhor pôs emboscadas contra os homens de Amom, de Moabe e do monte Seir, que tinham vindo contra Judá; e foram desbaratados”. Grifo do autor.

A adoração ensina o caminho da sala do trono e é ali onde as bênçãos começam a fluir através de uma íntima comunhão com o Senhor.

2º VALENTE -

Homem corajoso; esforçado; campeão. É aquele que luta até o fim, que se recusa a ficar prostrado, vencido. O valente não sossega senão com a vitória. Fl 4.13 “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Grifo do auto.
3º ANIMOSO - Há duas qualidades de ânimo: o bom ânimo e o mal ânimo.(desânimo)

Bom ânimo é aquela atitude do nosso interior que reage contra as investidas do diabo. O bom ânimo, que chamaríamos de: “ânimo alimentado pela fé na Palavra de Deus”, sempre oferece reação contra as investidas malignas:

Depressão
Amargura
Sentimento de fracasso
Revolta
Vingança, etc.
O mal ânimo, que chamaríamos de: “ânimo controlado pela incredulidade e pela dúvida”, se entrega a qualquer “fofoquinha” que aparecer.


4º HOMEM DE GUERRA - (Soldado). O soldado precisa ser bem disciplinado em todas as áreas da sua vida.

Oração
Obediência
Sujeição
Prontidão
Fardamento (armadura de Deus – Ef.6:10)
Armamento (armas espirituais – II Co.10:4)
5º SISUDO EM PALAVRAS – (prudente; cauteloso; sério; respeitável)

a)- Não é qualquer palavra que ocupa a nossa língua.
b)- Devemos nos livrar de qualquer palavra que expresse incredulidade.
c)- Todo tipo de murmuração deve ser banida da nossa boca.
d)- Nossas palavras devem ser como profecias confirmadas pelo Senhor.

6º GENTIL PRESENÇA

Isto nos fala de unção. Quer presença mais agradável do que a de uma pessoa ungida. A unção faz toda a diferença na nossa vida.

7º O SENHOR É COM ELE

a)- Isto é garantia de vitória.
b)- Muitos vão bem, aprendem, recebem estratégias, prosperam, mas, depois caem porque pensam que podem caminhar sozinhos.
Sempre precisamos do Senhor. Nunca devemos imaginar que podemos caminhar sem a graça de Deus..





AS BEM AVENTURANÇAS
(Mt. 5.1-12)

(autor: desconhecido"a confirmar)

CONSIDERAÇÕES

A Bíblia é um livro. Ou melhor, um conjunto de livros reunidos num único volume. E, tais como quaisquer livros, é constituída de palavras, palavras escritas. Estáticas e absolutamente inúteis se não houver quem as leia, entenda, interprete.
Todos nós que nos declaramos "filhos de Deus" e herdeiros das promessas bíblicas, temos que ser teólogos. Estudiosos, conhecedores, assíduos leitores da Bíblia e ávidos consumidores de livros com temas bíblicos.
Precisamos ler e, principalmente entender o que está escrito na Bíblia. Aqui é que o caldo entorna... a encrenca começa... A Bíblia não foi escrita numa linguagem técnica, exata, científica. Foi escrita em linguagem poética. Daí porque pode ser interpretada de diversas formas, e sob diversos prismas e pontos de vista, e principalmente, de acordo com a intenção do intérprete...
Por obséquio, termine de ler o texto após a seguinte frase: o mais importante não é o que está escrito na Bíblia, mas sim o que Deus quer nos dizer através da Bíblia. É isto que Paulo quis dizer quando escreveu que "a letra mata, mas o espírito vivifica" (II Cor.3:6).
Dito isto podemos continuar.
Há uma grande parcela da população do mundo, e também da igreja, que entende que as bem-aventuranças são apenas um conjunto de "elevadas regras morais", cuja prática é altamente desejável. Isto é, que é bom o cristão se enquadrar nas bem-aventuranças. Fazendo-o será um bem-aventurado.
Contudo, esta não é a melhor interpretação. A Bíblia diz que as coisas espirituais se discernem espiritualmente (I Cor.2:14). Precisamos buscar o sentido espiritual das palavras que se encontram na Bíblia.
O que Jesus quis dizer com as bem-aventuranças? O que significa sermos mansos ou ter fome de justiça?
Nós que formos salvos, julgaremos os anjos que caíram (I Cor. 6:3). E precisamos adquirir as qualidades, as virtudes, o comportamento e a personalidade dos anjos. Precisamos nos adequar ao padrão de Deus descrito nas bem-aventuranças através do processo de santificação. Temos que ir a cada dia crescendo espiritualmente e nos aproximando da perfeição que Deus espera e exige de cada um de nós (Mt.5:48).
Assim, as bem-aventuranças deixam de ter o caráter de "regras morais desejáveis", e passam a ser a finalidade da santificação, o padrão divino da perfeição, e, por via de conseqüência, o objetivo do crente.

Sendo as bem-aventuranças o padrão da perfeição que Deus exige de nós, é de todo equivocada e condenável à atitude do cristão que diz se enquadrar nesta ou naquela bem-aventurança, com se não precisasse se enquadrar nas demais. Todas as bem-aventuranças precisam estar presentes na vida, no espírito, na conduta e no comportamento do cristão. Quanto mais distante o cristão estiver das bem-aventuranças, tanto mais distante vai estar da própria salvação. Daí porque, repita-se, é de extrema importância compreender exatamente o que Deus exige do cristão em cada uma das bem-aventuranças.
Você está disposto a atender o desafio de conhecer o quanto você pode estar próximo (ou distante) da própria salvação? Ou você prefere se esconder sob o manto da ignorância, para dizer para Deus que "não sabia" como as coisas são?
A gravidade da resposta revela a gravidade da pergunta.
Para um estudo mais aprofundado, recomendo a leitura do livro "Estudos do Sermão do Monte", do Reverendo Martyn Lloydd Jones, da Igreja Anglicana, e proferidas na Catedral de Westminster na década da 30, e publicadas no Brasil pela Editora Fiel, uma vez que realmente os temas serão tratados com a superficialidade própria de uma única página destinada para tratar de cada bem-aventurança.

POBRES DE ESPÍRITO

Jesus disse que os pobres de espírito são bem-aventurados, porque deles é o reino de Deus.
Há uma boa parcela da população do mundo, e também da igreja, que pensa que esses "pobres de espírito" são os pobres no sentido material, os despossuídos, os miseráveis, aqueles que não têm o que vestir, onde morar ou como se alimentar de modo decente, dentro dos padrões mínimos de higiene e saúde. Aliás, em Lucas 6:20, não se encontra o complemento "de espírito", o que reforça essa tese, com a qual não podemos concordar. Se o reino de Deus é constituído de pobres (materialmente pobres), então metade (se não mais...) da população do mundo, faz parte do Reino de Deus. Eles não têm o que comer, ou com o que se vestir independentemente se são budistas, confucionistas, hinduístas, espíritas, e tantos outros credos religiosos. Aliás, por esta linha de pensamento, se houver ateu que seja pobre, roto, miserável, também gozará da salvação. Entende o que quero dizer?
Pobreza material não é sinônimo de santidade, de humildade, de generosidade, de honestidade, fidelidade e espiritualidade. Muito pelo contrário: os pobres, obrigados pela própria necessidade, não tem fidelidade nenhuma a Deus. SE um espírita, umbandista, budista ou hinduísta oferece comida a um pobre, ele pega.
Deste modo, a pobreza de que fala Jesus não pode ser essa pobreza material. Aliás, não raro, o pobre deixa de comer para fazer um jogo, uma aposta na esperança de ficarem ricos. O maior sonho dos pobres é ganhar na loteria e ficarem ricos.
Então, o que significa "pobreza de espírito"? O pobre de espírito é aquele despossuídos de orgulho, de egoísmo e de vaidade. O pobre de espírito é humilde. Humilde no sentido de não ser mais possível sentir humilhação.
Não é raro as pessoas chamarem os materialmente pobres de humildes. Com se a pobreza tornasse as pessoas humildes. Não! Não é este o sentido usado por Jesus. Uma pessoa humilde (no sentido de pobre de espírito) é aquela pessoa que tem plena consciência de sua total indignidade, de sua miséria e sua necessidade do perdão, e do amor de Deus. Não há nada que faça uma pessoa humilde sentir-se humilhada, porque a humilhação é um ataque, uma ofensa, um acinte ao orgulho das pessoas. Ora, se não houver orgulho na pessoa, não haverá nada que possa se atacado.

Entende porque Jesus foi humilhado mas não se sentiu humilhado (Fl.2:8)?
Orgulho é um sentimento de auto-suficiência. O orgulhoso se julga digno de honras e méritos. Julga-se infalível, invulnerável! Por isso não reconhece a suas necessidades, seus erros, que sempre tem uma explicação e uma justificativa. Os orgulhosos recusam a ajuda de outrem. Até mesmo a ajuda de Deus. Para os tais, é humilhante ter que aceitar a ajuda de outrem, por mínima que seja. Não acham que precisam aprender, mas que tem muito a dizer, a ensinar. Não acreditam que precisem ouvir, mas que tem muito a falar.
Os orgulhosos que não reconhecem que são miseráveis e necessitados da misericórdia de Deus jamais virão à igreja. Os orgulhosos que não se submetem à autoridade dos pastores e líderes constituídos na igreja, e não aceitam orientação e repreensão, não permanecem nela.
Nós estamos sendo preparados para sermos anjos, para ocupar o lugar que os anjos ocupavam. Aliás, mais do anjos, pois julgaremos os anjos que caíram (I Cor. 6:3). Gente orgulhosa não está preparada para se tornar um anjo. Quem reconhece que é orgulhoso, precisa reconhecer que precisa ainda mais da graça de Deus para se tornar humilde de espírito e acatar os conselhos, orientação e repreensão dos líderes da igreja. E não ver tais atos como rejeição, humilhação, ataques à sua honra e caráter pessoal.
Se algum dia você se sentiu humilhado, achincalhado por uma repreensão, então reconheça que não é humilde de espírito, e busque essa humildade. A cada dia que passa precisamos ir sendo santificados (transformados) pela ação do Espírito de Deus.

OS QUE CHORAM

À primeira vista, esta é uma colocação contraditória. "Bem-aventurados os que choram"? O choro não é uma coisa, normalmente agradável. No mais das vezes o choro não significa felicidade. As pessoas choram, comparativamente, muito mais de dor, tristeza, desespero, angústia e sofrimento de todas as matizes, do que de alegria, felicidade, contentamento.
Por que os que choram são bem-aventurados? Os que sofrem são bem-aventurados? Pragmaticamente falando, é melhor não chorar de sofrimento e não ser um bem-aventurado do que ser bem-aventurado e sofredor.
Aqui entra uma interpretação material, carnal, diabólica, enganada de que os que choram serão consolados por Jesus. Interpretação esta com a qual não podemos concordar. Jesus vai consolar os que choram de sofrimento? Mesmo que eles sejam ateus ou satanistas? Mesmo que façam parte de seitas enganadas, que ensinam o que é contrário à Bíblia? Não podemos aceitar essa interpretação. Caso assim seja, basta que soframos que seremos consolados. Mesmo que esse sofrimento seja apenas frutos de nossas más-ações. Mas... a maior parte da população do mundo não é feliz. E isto como conseqüência de suas más ações. São pessoas que mentem, roubam, traem, se aproveitam das situações e depois colhem os maus frutos de suas ações.
De se levar em consideração de uma grande parte da população de ateus no mundo, somente o é por causa do sofrimento. Tiveram seus lares destruídos, tiveram que se prostituir para conseguir comida, seus familiares foram violados, seviciados, torturados, mortos, esquartejados, suas casas foram destruídas. Diante de tudo isto, se perguntaram: por que Deus permite que essas coisas aconteçam? SE EXISTE um deus, porque permite que essas coisas aconteçam?
Sem respostas, inclusive dos cristãos, eles se revoltaram contra a existência de Deus. E passaram a negá-la. Recomendo que se leiam as mensagens "Deus por que me colocaste no mundo?" e "Deus não tinha o direito", que tratam das respostas a essas questões, que não são o objeto da presente.
Se esse choro de que falou Jesus não é o choro de dor e sofrimento, qual é esse choro?
Há duas situações no Novo Testamento nos quais se faz referência a um tipo especial de tristeza. Primeiro, em I Cor.7:10 - "Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte". O pecado nos faz sofrer. Se cometemos um pecado, e sentimos tristeza por ter cometido um ato, sentido uma emoção que ofende, fere, entristece e magoa o coração e o Espírito de Deus, então seremos consolados. Mas a tristeza de quem não conhece e nem tem o espírito de Deus é uma coisa destrutiva. Entende?
Quem não sente tristeza, ou pesar, ou angústia por ter pecado é porque sua consciência já está cauterizada para o toque do Espírito de Deus (I Tim.4). Não acha que o pecado seja algo tããão grave assim. E "pecadinhos" podem ser cometidos.
O segundo choro está em Gálatas 4:19 - "Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós". O sofrimento de alguém que ama a obra de Deus, e se preocupa com a obra de Deus, e se angustia preocupado com aqueles que precisam da salvação de Deus.
Há alguns anos, com a graça de Deus, escrevi uma mensagem que tem por título "não por amor às almas". A obra de Deus nunca pode ser feita por amor às almas. Quem faz o obra de Deus por amor às almas acaba desistindo. Nós, seres humanos, somos ingratos, mesquinhos e egoístas demais para sermos amados.

A Obra de Deus precisa ser feita por amor a Deus. Pior: ainda temos que amar essas pessoas com seus defeitos e suas vicissitudes... e chorar quando elas estão sofrendo. Como Paulo, que conheceu a glória de Deus, fez pelos cristãos da Galácia. E não desistir delas.

OS MANSOS

O que é ser manso? Como é essa mansidão de que Jesus falou?
A palavra "manso" tem vários sentidos e significações que precisam ser compreendidos, para que não caiamos no engano e venhamos a nos desviar do caminho de Deus. Entre os vários significados, temos: pessoa tranqüila, calma e sossegada; pessoa oportunista, aproveitadora; e, em decorrência de um quadro de um programa humorístico: homem traído pela esposa, e não sabe, não percebe, ou não quer ver.

Esses significados são humanos, antropocêntricos, seculares, e não servem para a interpretação das sagradas Escrituras. Como já se colocou nas introduções das presentes, a Bíblia precisa ser espiritualmente interpretada. Se formos seguir a interpretação literal da palavra manso, todas as pessoas tranqüilas, calmas e sossegadas herdarão a terra, independentemente de sua fé, de sua comunhão com Deus, da aceitação do sacrifício de Jesus na Cruz. O que não tem o menor cabimento.
Assim, outra conclusão não podemos ter senão que a palavra "manso" aqui no Sermão do monte TEM que ter outro significado.
Eu entendo que ser manso, de acordo com a melhor interprestação bíblica, é ser como Moisés, o filho de Joquebede (Num.12:3). Ele era manso. E precisava sê-lo para poder ser condutor e dirigente de uma multidão de aproximadamente dois milhões de pessoas.
Diversos versículos na Bíblia tratam da necessidade de sermos mansos, e agirmos com mansidão (Gal.6:1, Ef.4:2, Col.3:12, I Tim.6:11, etc). Mansidão é fruto do Espírito (Gal.5:23).
Quem não tem essa mansidão fica nervoso, irritado, exasperado, desesperado, irado, frustrado por quase nada. Às vezes por nada. Nossas reações dependem do valor que damos ao que temos. Quanto mais valor damos ao que temos, maior será o sofrimento quando ela for atacada, riscada, desprezada, pisoteada, roubada, destruída. Entende?
O nosso sofrimento é proporcional ao valor que damos às coisas que temos (e perdemos). Não sei se o(a) amado(a) leitor(a) já percebeu isso. De se ver que seremos tanto mais mansos quanto menos valor dermos às coisas terrenas.
Quem não consegue conter sua raiva, sua dor, sua frustração, explode em palavrões, atitudes obscenas e destrutivas quando algo dá errado, quando suas expectativas não se concretizam, ou quando é atacado ou rejeitado. Mas não basta conter a raiva, porque alguns, por uma questão de pragmatismo, conseguem recolher esses sentimentos, deixando transparecer uma atitude de aparente calma, mas em seu interior a raiva vai apodrecendo seus órgãos internos. Eles preferem segurar sua raiva, a deixar que ela lhe dê algum prejuízo moral ou financeiro. Isso não é mansidão no sentido bíblico. Não basta aparentar tranqüilidade, calma e serenidade e trazer o inferno em chamas dentro da própria alma.
A Palavra de Deus, repita-se, é espiritual e deve ser espiritualmente interpretada. Essa mansidão de que a fala a Bíblia, tem o sentido de INABALÁVEL. Fé inabalável. Por isso que Jó, no auge de sua dor, bradou: "eu sei que meu redentor vive, e por fim se levantará sobre a Terra!" (Jó 19:25). Essa é a fé que fez com que Paulo e Silas cantassem hinos de louvor a Deus nas masmorras da cidade de Filipos (Atos 16). Importante deixar claro que é o Espírito de Deus que nos torna mansos.Quem não tem esta mansidão de que fala a Bíblia, age de modo vingativo, e não consegue permanecer em seus propósitos. Desiste diante das adversidades.
Quem tem uma fé inabalável é firme como o monte Sião (Salmo 125) que não se abala. Quem tem essa mansidão bíblica não se abala com o desprezo, incredulidade, incompreensão, chacotas, maledicências de outrem. Cada é responsável e será responsabilizado pelo faz ou deixa de fazer. Não importa o que as pessoas digam ou façam. Mais importa o que Deus dirá de nós.

SEDE E FOME DE JUSTIÇA

Sede e fome de Justiça é uma situação comum entre os povos da terra. Todos tem sede e fome de justiça. Eles sentem-se injustiçados pela política do governo, pelos parentes, pelo juizes, e, também pelo próprio Deus.
Gente que teve sua família torturada, seviciada, violentada, morta, clama por justiça, que os culpados sejam castigados.
Se formos ver as pessoas que estão nas prisões, quase todos eles creditam suas penas a um erro judicial, a uma armação de inimigos, ou qualquer coisa que o valha. Eles declaram a própria inocência a plenos pulmões.
Freqüentemente meus filhos se voltam para mim e dizem: "isso não é justo!".
A Justiça tem valor subjetivo, e, quase sempre, se confunde com a vingança. Mas isso é pano para outra manga.
A quase totalidade da população do mundo tem fome e sede de Justiça. Eles serão fartos? Deus fará castigar os seus algozes? Aqueles que humilharam, exploraram, mataram, seviciaram, torturaram, violentaram seus familiares e amigos sofrerão as conseqüências de seus atos? E à vista de suas vítimas? Deus fará isto? De acordo com a própria Bíblia (Rom.12:19 e Heb.10:30), parece que isso irá acontecer... mas não é sobre isto que quero discorrer, e sim sobre o significado de sede e fome de justiça, de acordo com a ótica bíblica.
Todos nós, em maior ou menor grau, com ou sem razão e fundamentos, nos achamos injustiçados. Que o mundo não é justo desde o início não é novidade pra ninguém. Numa outra mensagem (se teus olhos forem bons...) eu comento como nós vemos o mundo. E a forma como vemos o mundo depende do que somos, de onde estamos, e das circunstâncias como os fatos ocorrem. Por que estou falando tudo isto? Porque nós sempre vamos nos sentir injustiçados. Como meus filhos. Por mais que queiramos fazer justiça, eles sempre vão se sentir injustiçados, porque a nossa perversidade faz com que todos nós vejamos tudo o que nos é adverso como injusto. Por mais justo que seja. É o que ocorre com os que estão nas prisões. Eles se sentem injustiçados, por pior que seja o crime que tenham praticado. A quase totalidade das sentenças judiciais é considerada injusta pelos que por ela são prejudicados... Raramente (e põe raro nisso!) uma sentença judicial satisfaz ambas as partes litigantes.

Não há como gente imperfeita fazer a justiça. A justiça humana é imperfeita porque os seres humanos são imperfeitos. Daí porque essa Justiça de que fala a Bíblia não pode ser a justiça terrena, humana e
secular.Se essa justiça não é a justiça humana, de que Justiça Jesus estaria falando? Da Justiça do Reino de Deus. Quem tem sede e fome da Justiça do Reino de Deus será farto. E qual é a Justiça do Reino de Deus? Ela está descrita em Jeremias 23:5-6. A Justiça de Deus se cumpriu em Jesus Cristo. É o que está escrito em Salmos 85:10.
Maravilhoso como os diversos versículos da bíblia, escritos por pessoas diferentes, em épocas diferentes se fecham num mosaico profundo e glorioso.
Nós, todos nós, temos que ter sede e fome da Justiça do Reino de Deus, de Jesus. Temos que ter o desejo profundo de estar em sua presença, ouvi-lO, aprender com Ele.
Reconheça-se que uma mensagem prostituída do Evangelho tem tomado nossas igrejas, fazendo com que seus participantes pensem que ela (a igreja) é mais ou menos uma caixinha de Pandora, de onde se pudesse tirar tudo o que desejamos, almejamos, precisamos, necessitamos...
A Bíblia diz que tudo que está no mundo é superficial e passageiro (Rm.8:24). Por isso devemos esperar no que não se vê. Temos que buscar primeiro o Reino de Deus, depois, a sua Justiça. Então, TODAS as demais coisas nos serão acrescentadas (Mt.6:33).
O(a) amado(a) leitor(a) tem buscado o Reino de Deus e a sua Justiça tanto quanto busca o que sacia a sede e mitiga a fome? Então encontrará Jesus.

SEDE E FOME DE JUSTIÇA 1

Gostaria, de abusar mais um pouquinho da paciência do(a) amado(a) , e mais algumas considerações sobre a sede e a fome de Justiça.
Se perguntarmos para os freqüentadores dos cultos das igrejas se elas tem tido sede e fome de justiça, elas invariavelmente vão responder que sim. Contudo, na maior parte dos casos, seus atos hão de trair suas palavras.
Como podemos saber se estamos tendo ou não fome e sede de Justiça? O que faz uma pessoa que tem sede e fome de Justiça? Quais são os... os... "sintomas", vamos assim dizer, de uma pessoa que tem sede e fome de justiça? E por que eu estou dizendo que a maior parte dos que estão em nossas igrejas não tem tido sede e fome de justiça?
Uma vez eu assisti um filme sobre um casal que tinha um filho que tinha uma deficiência genética. E esse casal percorreu o mundo em busca da cura para seu filho. O nome do filme era "o óleo de Lorenzo". Lorenzo era o nome do menino. Estava condenado a morrer antes que completasse 10 anos de idade. Esse casal leu tudo que encontrava sobre a doença. Tornaram-se especialistas no assunto. Buscaram a cura em todas as partes do mundo. Buscaram médicos, cirurgiões, químicos, engenheiros. Conversaram com todas as pessoas que poderiam dar alguma pista do que poderiam fazer para salvar a vida do filho. Participaram de palestras, simpósios e encontros que tinham a doença do filho como tema. Eles estavam buscando a cura para o filho.
Não sei se o(a) amado(a) leitor(a) já teve a oportunidade de passar ou conhecer alguém que passou pela experiência de ter uma doença terminal ou muito dolorosa em si, ou em alguém da família. É que pessoas que têm câncer, ou outra doença dolorosa ou mortal, como a talassemia, buscam conhecer tudo sobre a doença. Tornam-se pesquisadores natos e incansáveis da matéria. Essa é a sede e a fome que o cristão deve ter da Justiça de Deus.
Uma vez eu estava ministrando à igreja e perguntei a uma irmã gordinha se ela seria capaz de andar 10 km a pé para comer uma barra de chocolate. Ela responde que "achava que não". "E se estivesse há três dias sem comer?", repliquei. Aí ela responde que iria sim.

Entende a diferença?
Quem tem fome e fome faz o que está ao seu alcance (ou até fora dele) para saciar-se. Mas quem não está com muita fome ou muita sede, não faz muita força para encontrar comida ou água.
Assim, por mais que os membros de nossas congregações alardeiem aos quatro ventos que estão com sede e fome de Justiça, se não fazem muita força para freqüentar os cultos, principalmente os de ensino e oração, seus atos estão a lhe trair as palavras.

É com uma infeliz e ingrata surpresa que ficamos sabendo como os cultos de oração têm sido cancelados por falta de freqüência... É com uma infeliz e ingrata surpresa que ficamos sabendo que as classes da Escola Bíblica estão sendo fechadas por falta de alunos.
Não basta dizer, proclamar em alto e bom som que estão com sede e fome de justiça, se não se esforçam por freqüentar a igreja, senão aos domingos. E nem tanto assim, uma dor na cabeça, uma dor no dente, uma chuva são suficientes para justificar a sua ausência aos cultos. Para alguns poucos (assim quero crer) um jogo de final de campeonato, ou uma atração especial na TV são suficientes para impedir seu comparecimento à igreja...
Que raios de fome e sede de Justiça é essa que faz tais sedentos e famintos buscarem água e comida uma vez por semana? E ainda assim, se não tiverem algo melhor para fazerem...
Tu não me invocaste a mim, ó Jacó; mas te cansaste de mim, ó Israel. Não me trouxeste o gado miúdo dos teus holocaustos, nem me honraste com os teus sacrifícios; não te fiz servir com ofertas, nem te fatiguei com incenso. Não me compraste por dinheiro cana aromática, nem com a gordura dos teus sacrifícios me satisfizeste (Isaias 43:22-24)

MISERICORDIOSOS

A misericórdia foi o objeto de uma mensagem escrita há vários anos, e, posteriormente, dividida em várias pequenas mensagens de uma página. O presente texto é um resumo delas.

Nós vivemos num mundo mau, num mundo onde há choro e ranger de dentes. Um mundo onde não devemos ajuntar tesouros porque a traça e a ferrugem corroem e ladrões minam e roubam (Mt.6:19-20). A Igreja deve ser um lugar onde o mundo não deve ter influência. Uma ilha num oceano de lama e perdição.
Jesus Cristo disse, a certa altura de seu ministério, que o que elevado perante os homens é abominação perante Deus (Lc.16:15). As coisas que os seres humanos enaltecem, as coisas que os seres humanos buscam, são coisas que desagradam a Deus. Os valores que os membros da sociedade corrompida em que vivemos tem, são valores totalmente contrários ao agrado de Deus. Nestes moldes, o mundo em que vivemos é um mundo que não tem lugar para misericórdia. O discurso de Jesus Cristo acerca da misericórdia é desprezado pelos executivos das grandes empresas(CEO's). Ter misericórdia dos amigos, e, principalmente dos inimigos, é dar-lhes uma vantagem muito grande, é correr o risco de serem engolidos. A competitividade entre as pessoas do mundo é muito grande. Uma competitividade que muitas vezes, e com pesar, vemos entre os irmãos da Igreja de Jesus Cristo.
O que é misericórdia? Ela não se confunde com piedade. Nós temos piedade de quem merece a nossa piedade. Por isto temos piedade das crianças que padecem fome, das pessoas que não tem teto ou abrigo, ou de quem sofre sem merecer tanto sofrimento.
A misericórdia surge quando temos piedade de quem merece nada de nós. Temos misericórdia de quem não merece a nossa piedade. Como os ladrões, os violentadores, os ríspidos, os arrogantes, os prepotentes, e aqueles que nos fizeram, ou nos fazem, tantas maldades, tanto mal. Os nossos inimigos de uma forma geral. A Bíblia diz que pode ser que pelo bom e pelo justo, alguém se disponha a morrer, mas jamais encontraremos alguém que se disponha a morrer por quem seja mau e perverso (Rm.5:7-8). E Jesus morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Nós não merecemos a piedade de Deus. Mas Deus não nos trata de acordo com o nosso merecimento. Ele conhece a nossa estrutura, e sabe que somos pó (Sl.103:14).

Diante de Deus, somos nada. Somos menos que nada. Mas para Ele, somos a menina de seus olhos (Salmos 17:8; Zc.2:8). Somos muito valiosos para Deus. Tão valiosos a ponto de sermos objeto de um sacrifício, de uma libação pelo pecado tal grande e precioso como foi o do sangue de Cristo (I Pe.1:18).
Houve um homem na Bíblia que não compreendeu a intenção de Deus acerca do perdão. Um homem que devia uma grande soma em dinheiro a outro, e foi perdoada a sua dívida. Quando esse homem encontrou seu companheiro que lhe devia uma ninharia, agarrou-lhe pelo pescoço, e ameaçou-lhe com a prisão e com venda de sua família como escravos para cobrar-lhe a dívida. Os outros vendo isto, comunicaram o fato ao primeiro credor, que mandou que o buscassem, e o encerrou na prisão (Mt.18:23-35).
Por mais engraçado que possa parecer, freqüentemente nós fazemos a mesma coisa. Praticamos o mesmo ato sem nos darmos conta. Queremos as bênçãos, o perdão, a glória e o Poder de Deus, mas não queremos dar aos outros o que queremos receber de Deus. Que pecado teu irmão cometeu contra ti, que maior pecado não tenhas cometido contra o Senhor nosso Deus?
"Com a mesma medida com a qual medirdes, se vos medirão também. Boa medida, recalcada, sacudida e trasbordante se vos deitarão em vossos regaços" (Lc.6:38).
"Bem aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia" (Mt.5:7).

LIMPOS DE CORAÇÃO

O principal obstáculo que encontramos quando estamos a explicar sobre o assunto é a incredulidade dos amados(as) leitores(as). A maioria absoluta concorda que é apenas um IDEAL, mas não algo que seja algo praticável. Algo que esteja ao alcance do ser humano ou exigível por Deus.
Os que têm corações limpos SÃO bem-aventurados. Eles verão a Deus (Mt.5:8). Isto significa que aqueles que têm corações sujos não verão a Deus. É uma conclusão inescusável, incontornável. O que reforça nosso pensamento de que os que não se enquadrarem nas exigências das bem-aventuranças não têm como participarem das bodas do Cordeiro, e que, por isso mesmo, cada cristão precisa buscar, procurar, lutar, fazer o que for preciso para que essas características divinas estejam, façam parte de sua personalidade.
O que é esse coração de que fala a Bíblia? Como é essa pureza de coração que Deus exige? Como se consegue esse coração?
Já tive a honrosa oportunidade de explicar que o ser humano é conduzido principalmente por sua mente e seu coração. Mais pelo coração do que pela mente. E por coração entendemos o conjunto de valores, emoções e aspirações de uma pessoa. Sua personalidade, enfim. O medo, o orgulho, o ódio, a alegria, a frustração, o desejo, a raiva, o aborrecimento, a dor, a humildade, os traumas são valores emocionais. Normalmente nós agimos mais pela a nossa VONTADE, e não de acordo com nossos VALORES. É a contradição de que Paulo fala em Rm 7:14-23.
Assim, fica mais fácil entender porque a bíblia fala tanto de coração. O coração é o centro de nossa VONTADE. Sendo o coração puro, todas as atitudes também o serão. Jesus disse que é do CORAÇÃO que procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias (Mt.15:19).
Recentemente se tem alastrado a tese de que o AMBIENTE é que determina o comportamento de uma pessoa. O que não corresponde à realidade dos fatos. Adão e Eva estavam no ambiente mais puro, e mesmo assim pecaram. Não é o ambiente que faz ou deixa de fazer uma pessoa feliz. E sim, a pessoa em si mesma. Em Fl.4:22 há uma saudação especial enviada por quem vivia num ambiente de mais ampla promiscuidade: o palácio do Imperador de Roma. O ambiente é IMPORTANTE, mas não CRUCIAL, FUNDAMENTAL para manter um coração puro e limpo.
Como é essa pureza? Como saber se nosso coração é puro como Deus quer e requer?
A Bíblia diz que são pelos frutos (obras) e não pelas folhas (discurso) que se conhecem as pessoas. Em Mt.15:19, Jesus já colocou algumas coisas que demonstram impureza, sujeira, malignidade. Em Gal.5:19-21 encontramos as outras características da imundícia que contamina nossa alma, e, por isso mesmo, precisam ser arrancadas, extirpadas de nossa alma. Para isso precisamos dos pecadores que são co-participantes da Igreja de Cristo que nos digam em que estamos pecando para que possamos consertar. Aos nossos próprios olhos, sempre vamos nos ver como irrepreensíveis e santos, porque nossos olhos são voltados para fora, e não para dentro. E, assim, vemos os erros e defeitos dos outros, e não os nossos próprios erros e defeitos. Precisamos que elas nos digam quais são os nossos erros e defeitos (Rm.15:14; Cl.3:16; I Ts.5:11; Hb.3:13), e não fazer como os tolos, que rejeitam a repreensão (Pv.9:8; 12:1; 15:10, etc).
Por fim, como conseguimos um coração puro? Com o lento, gradual e doloroso processo de santificação. Nós fomos formados numa fôrma defeituosa chamada "pecado". Não há como recuperar, aproveitar nossa alma. Precisamos de uma NOVA alma, de um NOVO espírito. Precisamos que o Espírito Santo de Deus nos transforme. Precisamos nascer de novo, e crescer espiritualmente.
O Santo e Puro Espírito de Deus está, a cada dia, limpando o teu coração pecador?

PACIFICADORES

"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus" (Mt.5:9). O que é ser pacificador? O que é um pacificador? "Pacificador" não tem o mesmo sentido de "pacifista" ou "pacífico". Não basta ter uma vida tranqüila e sossegada e não se meter em encrencas para sermos chamados de pacificadores e filhos de Deus.
A realidade dos últimos acontecimentos tem mostrado e provado que a paz é um sonho distante do ser humano porque, paradoxalmente, ele é guerreiro, belicoso, encrenqueiro, destrutivo. Todos nós temos uma guerra sendo travada dentro de nossos corações. Enquanto que de um lado desejamos, almejamos, ansiamos pela paz, por outro lado somos incapazes de perdoar nossos inimigos (e amigos), e nos desfazermos das mágoas, ofensas, frustrações e desapontamentos comuns na nossa vida. E, assim, temos prazer em afligir, ferir, magoar, fazer sofrer, causar dor e constrangimentos aos inimigos e desafetos. Todos nós somos vingativos.
Como ter paz, como viver em paz, nestas condições? De um lado, o desejo de paz, e de outro, o desejo de extravasar nossa raiva e fazer a guerra, causar dor e aflição.
O problema está em nossas raízes, na fôrma defeituosa pelo pecado no qual todos fomos formados. As guerras nada mais são do que reflexos, exteriorizações da guerra travada no coração, alma e espírito de todos nós. Somos um poço de contradições, e estamos em guerra conosco mesmo.
Essa dicotomia do ser humano já rendeu, inclusive, um romance muito: "o médico e o monstro". O Dr.Jhekill (ou coisa parecida), bebe uma poção que faz aflorar a sua maldade, e que não é mais contida pela sua "parte boa". Em Romanos 7, o Apóstolo Paulo também fala dessa contradição.
Como controlar, subjugar, dominar ou mesmo extirpar essa nossa natureza má, perversa e decaída? A paz é um sonho impossível para o ser humano enquanto essa natureza má, perversa, medrosa e egoísta estiver dominando-o, dirigindo seus atos, controlando suas ações.
A resposta a esta pergunta reforça nossa tese de que as bem-aventuranças de Mateus 5 são o padrão da perfeição de Deus, que é exigido de cada um que se diz cristão e filho de Deus.
O(a) amado(a) leitor(a) pode até discordar de minhas colocações. É um direito que tem. Mas isso não tem o condão de alterar minhas conclusões: o homem jamais vai encontrar a paz por si próprio. Jamais vamos conseguir vencer nossa natureza má, perversa e decaída. É uma batalha perdida. O ser humano é carnal e vendido sob a ESCRAVIDÃO do pecado. Miseráveis seres que somos, quem poderá nos livrar do cadáver putrefato (Rm.8:24) que está atrelado, amarrado, grudado à alma, ao coração de cada um de nós?
Somente Jesus Cristo, permitindo que o Santo Espírito de Deus nos encha, preencha e domine, subjugue nossa carnalidade. Daí porque quando perguntaram a Jesus quem poderia ser salvo, Jesus foi enfático, taxativo, indubitável: a salvação (e também a paz) é impossível aos homens (Mc.10:26-27).
Os únicos legítimos construtores, guerreiros da paz são aqueles que se deixam dominar pelo Santo espírito de Deus e podem ter a graça de perdoar os ofensores, e amar os inimigos, e orar pelos que os perseguem, por ter dominada e transformada a sua essência má, perversa, egoísta e gananciosa... e serem cheios de amor, perdão e paz.
Nós somos incapazes de vencer nossa natureza má, perversa, decaída. Mas para Deus, todas as coisas são possíveis, e a paz é possível a quem é cheio, dominado, transformado pela Graça e pelo Espírito Santo de Deus.
O(a) amado(a) leitor(a) tem sido cheio e transbordante do Santo espírito de Deus, e se tornado um pacificador, um filho de Deus promotor, construtor da paz?

OS PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA

"Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós" (Mt.5:10-12).
Atualmente tem se tornado comum nas igrejas uma mensagem prostituída do Evangelho que tem disseminado a idéia de que a vida do cristão é um mar de rosas sem espinhos. Se isso fosse verdade, Paulo não foi um bem-aventurado, pois passou os últimos dias de sua vida preso. E nem foram bem-aventurados os cristãos do primeiro século pois tiveram suas casas invadidas, seus filhos transformados em escravos, seus bens confiscados, e eles próprios transformados em comida para leões e ursos ou espetáculo em exercício para os gladiadores romanos.
A Bíblia diz em Atos 14:22 - "que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus". Em II Tm.3:12 - "E na verdade todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições".
A seara é extensa e o assunto não pode ser esgotado com poucas palavras como as que se vêem na presente. Assim, pretendo delimitar o texto em duas situações: o motivo das perseguições e a sua qualidade.
Por que os cristãos são perseguidos? Por vários motivos. Entre os quais podemos citar: a) a perseguição diabólica; b) o incômodo da luz de Cristo; e c) os erros cometidos pelos cristãos.

A Bíblia diz que há uma guerra entre a carne e o espírito. E que o Diabo, nosso inimigo, anda em derredor, urrando como um leão faminto. E ele incita aqueles que lhe pertencem a perseguir os cristãos. Cria intrigas, mal-entendidos, rixas e motivos para que os cristãos sejam mal-vistos, e, assim, perseguidos.
Outro motivo é a própria luz que o cristão deve emanar de si. Essa luz incomoda aqueles que estão nas trevas. Eles sentem-se diminuídos, achincalhados pelo sorriso e pela paz que reina no coração dos verdadeiros cristãos. Os seres humanos são perversos de natureza, e querem distribuir e repartir a dor e a agonia do pecado que lhes alfineta o coração. A Bíblia diz que não somos deste mundo, assim como Jesus não o era (Jo.17:14). A inveja faz com que os infelizes sintam-se incomodados, tocados, humilhados pela felicidade de quem vive e convive com Cristo. Faz com que estas pessoas vejam os cristãos lavados e remidos que externam essa felicidade em forma de alegria e harmonia como inimigos, como metidos, falsos e hipócritas, que devem ser combatidos, desmascarados.

Quem está nas trevas não vê a sujeira a imundícia de suas roupas. A luz denuncia esses trapos e essa imundícia. A luz do cristão denuncia esse estado miserável de quem não tem a purificação que somente o Sangue de Cristo pode proporcionar. Esse é o motivo pelo qual os perversos habitantes deste mundo perseguem os cristãos. Querem enaltecer a própria justiça tentando demonstrar que a Justiça do Cristão é falsa. Como não conseguem se elevar ao nível dos cristãos, querem trazer os cristãos para baixo, para o nível onde se encontram. Entende o que quero dizer?
Se a perseguição que o(a) cristão(ã) amado(a) leitor(a) sofre é por esses motivos, então se enquadra nos versículos ora em estudo.
Mas existe também a perseguição que o mundo faz a qualquer pilantra, a qualquer hipócrita, a qualquer criminoso. É a colocação encontrada em I Ped. 4:14-16. Não adianta o cristão fazer o que é errado e ser execrado pelos seus pecados. Isso não traz nenhuma glória, nenhum galardão.
Gente que mente, rouba, é ríspida, intolerante, hipócrita e tudo o mais de ruim que possa haver sempre serão discriminados, execrados e condenados. Não importa se estão na igreja ou não.




O Código da Vinci e a Bíblia

(autor:Bill Mitchell*)

O funcionário do serviço de imigração olhou meu passaporte, depois olhou para mim. Eu estava chegando aos Estados Unidos.
“Em que você trabalha”? – perguntou ele.
“Sou um tradutor da Bíblia”.
“Que interessante! Li um bocado a respeito da Bíblia. Pena que foi escrita centenas de anos depois da morte de Jesus”, disse ele.
“Bem, isto não se aplica aos quatro Evangelhos. Tudo indica que o Evangelho de Marcos foi escrito uns trinta anos depois da morte de Jesus” – eu respondi.
“É mesmo”?! – disse ele, espantado. “Mas o livro que eu li dizia que foi escrita séculos mais tarde. E o autor diz no começo do livro que tudo que ele diz é verdade. Você tem alguma informação a respeito disso”? Ele fez uma pausa, e então continuou: “Claro que tem, pelo tipo de trabalho que faz”.
De repente ele ergueu os olhos para ver a fila que se formava atrás de mim. Num gesto rápido, carimbou meu passaporte e o devolveu para mim. “Puxa, lamento, a gente poderia ficar a noite toda falando a respeito disso, mas você não pode perder sua conexão”.
A exemplo de centenas de milhares de outras pessoas, aquele funcionário havia lido O Código Da Vinci. E, na opinião dele, o livro até que fazia sentido.
O romance conta uma fascinante história relacionada com a procura do Santo Graal. Afirma que, durante séculos, a Igreja Católica Romana ocultou o verdadeiro significado do Graal. Segundo o livro, o Santo Graal era, de fato, Maria Madalena, que foi mulher de Jesus e teve uma filha com ele. Depois da crucificação, Maria Madalena e sua filha teriam fugido para a França, onde a linha dos descendentes teria continuado através dos séculos.
Numa série de tramas de maior ou menor complexidade, um professor de Harvard (Robert Langdon), uma criptógrafa francesa (Sophie Neveu), uma organização secreta chamada O Priorado de Sião, membros da Opus Dei e um aristocrata inglês (Leigh Teabing) se envolvem na tarefa de desvendar o mistério do Santo Graal.
O romance faz uma série de afirmações a respeito da verdadeira identidade de Jesus, o desenvolvimento da igreja cristã primitiva, o papel de Maria Madalena dentro dessa igreja, como os Evangelhos foram escritos e como se formou o Novo Testamento. Isto sem falar do papel do imperador romano Constantino dentro da igreja. No prefácio, o autor afirma: “Todas as descrições de obras de arte, arquitetura, documentos e rituais secretos neste romance correspondem rigorosamente à realidade”. Mas será que correspondem de fato à realidade? Aqui queremos abordar apenas aqueles aspectos que tratam de Jesus, da igreja antiga e do Novo Testamento.
Jesus Cristo: um simples homem?

Uma das afirmações mais contundentes do livro é esta: os cristãos só começaram a acreditar que Jesus era divino quando se tomou uma decisão nesse sentido no Concílio de Nicéia, em 325 A.D. A certa altura o livro diz:
“Nesse concílio, muitos aspectos do cristianismo foram debatidos e receberam votação – a data da Páscoa …, além, naturalmente, da divindade de Jesus. … até aquele momento da história, Jesus era visto pelos seus discípulos como um mero profeta mortal … um grande e poderoso homem, mas que não passava de um homem. Um mortal. … Jesus só passou a ser visto como “Filho de Deus” no Concílio de Nicéia, depois que esse título foi proposto e aprovado por votação”. (p.221-222)
A verdade é que muito tempo antes de ser realizado o Concílio de Nicéia os cristãos já tinham plena convicção de que Jesus era divino. Os quatro Evangelhos mostram que Jesus era verdadeiro homem (ele comia, bebia, ficava triste, se zangava, chorou, e morreu). Também mostram que ele era Deus. Marcos começa seu Evangelho assim: “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (Mc 1.1 – ARA). E João, no começo de seu Evangelho, não é menos enfático:
“No começo aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. … o amor e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus” (Jo 1.1,17,18 – NTLH)
O apóstolo Paulo, que escreveu as suas epístolas apenas vinte ou trinta anos depois da morte de Jesus, isto é, entre os anos 50 e 60 A.D., disse o seguinte a respeito de Jesus, em sua carta aos cristãos de Filipos:
“Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos ...” (Fp 2.6-7 – NTLH)
Desde o começo do ministério de Jesus, os discípulos se perguntavam a respeito da identidade dele. Depois que Jesus acalmou a tempestade, eles disseram uns aos outros: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Mc 4.41 - ARA). Nos séculos que se seguiram, a maioria dos cristãos acreditava Jesus era ao mesmo tempo humano e divino. Disso eles não duvidavam. O que eles discutiam era como ele podia ser Deus e homem ao mesmo tempo, e este foi um dos assuntos tratados em Nicéia.
O Novo Testamento: Criação do Imperador romano?

Além de afirmar que um concílio da igreja, no quarto século, decretou que Jesus era divino, o romance defende a visão de que a igreja e Constantino destruíram muitos documentos antigos. Esses documentos teriam sido exatos do ponto de vista histórico, mostrando que Jesus era um simples homem, e não Deus. Em lugar desses documentos, teriam colocado alguns outros, em menor número. Entre eles, os quatro Evangelhos do Novo Testamento. Diz O Código da Vinci:
“Jesus Cristo foi uma figura histórica de uma influência incrível … Não é de admirar que sua vida tenha sido registrada por milhares de seguidores em toda a região. … Mais de 80 evangelhos foram estudados para compor o Novo Testamento, e no entanto apenas alguns foram escolhidos – Mateus, Marcos, Lucas e João. … A Bíblia, conforme a conhecemos hoje, foi uma colagem composta pelo imperador romano Constantino, o Grande. … Constantino … foi pagão a vida inteira, batizado apenas na hora da morte” (p. 220).
Essas afirmações não se sustentam diante dos fatos históricos. Apenas dez por cento das pessoas que viviam no mundo greco-romano sabiam ler e escrever, e não havia “milhares de seguidores” que registraram a vida de Jesus. Não há nada que permita afirmar que mais de 80 evangelhos estavam cotados para fazer parte do Novo Testamento. Mateus, Marcos, Lucas e João não integram um grupo de evangelhos que estavam no Novo Testamento; eles são os únicos evangelhos no Novo Testamento. O livro também afirma que o próprio Jesus fazia um registro escrito daquilo que fazia – um texto que hoje é chamado de documento “Q” – o que também não é verdade. Os mais antigos documentos cristãos que temos são as cartas do apóstolo Paulo, escritas, como indicado acima, entre 50 e 60 A.D. Os Evangelhos do Novo Testamento, escritos entre os anos 60 e 95 A.D., são os mais antigos relatos que temos a respeito da vida e do ministério de Jesus. Os demais livros do Novo Testamento foram escritos no mesmo período. Já naquele tempo os cristãos haviam começado a atribuir a alguns desses escritos a mesma autoridade que davam à Bíblia Hebraica. Em outras palavras, quase 200 anos antes de Constantino, os cristãos já estavam escolhendo que livros tinham autoridade, e quais não tinham.
No segundo século, a igreja em expansão assumiu formas diferentes e passou a ter uma maior diversidade. Outros ‘Evangelhos’ apareceram. Alguns deles foram escritos para preencher as lacunas dos outros Evangelhos, como é o caso dos assim chamados ‘evangelhos da infância de Jesus’, que contêm material lendário a respeito de Jesus quando criança. Outros foram escritos por mestres ou grupos que tinham uma compreensão diferente da fé cristã e eram considerados não ortodoxos pelos líderes da igreja. Entre esses grupos se encontram os gnósticos. São estes os escritos que, segundo Leigh Teabing, foram destruídos por ordem de Constantino e substituídos pelos evangelhos que se encontram no Novo Testamento. Teabing então acrescenta:
“Felizmente para os historiadores, conseguiram-se preservar alguns evangelhos que Constantino tentou erradicar”. (p. 223)
Aqui ele tem em vista os Manuscritos do Mar Morto, o Evangelho de Maria, e documentos de Nag Hammadi tais como o Evangelho de Filipe e o Evangelho de Tomé. No entanto, será que isso é mesmo assim?
Os escritos de líderes da igreja que viveram na segunda metade do segundo século, muito tempo antes de Constantino, pintam um quadro diferente. Em 150 A.D., Justino Mártir faz referência às “memórias dos apóstolos”, referindo-se provavelmente aos quatro Evangelhos que fazem parte do Novo Testamento. Por volta de 170 A.D., seu discípulo Taciano compilou o Diatessarão, uma harmonização dos quatro Evangelhos. Em 180 A.D., Irineu escreveu a respeito dos quatro Evangelhos reconhecidos pelas igrejas. A mais antiga lista de livros do cânone do Novo Testamento de que dispomos é o Cânone de Muratori. Esta obra foi, ao que tudo indica, originalmente escrita em Roma, na segunda metade do segundo século, isto é, por volta do ano 190 A.D. Essa lista contém vinte e dois dos vinte e sete livros que estão em nosso Novo Testamento, incluindo Mateus, Marcos, Lucas e João. Nenhum outro Evangelho consta da lista.
Foi a igreja que decidiu quais Evangelhos tinham autoridade. E esses Evangelhos, como vimos, mostram que Jesus é ao mesmo tempo humano e divino. Afirmar que esses Evangelhos foram impostos à igreja por Constantino numa época posterior, numa tentativa do Imperador para encontrar uma figura divina especial que pudesse consolidar sua base de poder político, é faltar com a verdade.
Constantino: cristão ou pagão?

Segundo Leigh Teabing, Constantino alterou a forma do Cristianismo tendo em vista seus interesses políticos. Vimos que não se sustenta a tese de que o Imperador eliminou os evangelhos que enfatizavam a humanidade de Jesus, e canonizou textos que mostravam que ele era Deus.
Constantino era cristão? Será que Teabing tem razão ao dizer que ele “foi pagão a vida inteira, batizado apenas na hora da morte, fraco demais para protestar”? (p. 220)
Eusébio, um erudito cristão que viveu no quarto século e que por vezes é chamado de “pai da história da igreja”, escreveu uma biografia de Constantino. Ele afirma que, em 312 A.D., Constantino, na véspera de uma batalha, viu um sinal sobrenatural – o sinal da cruz. Naquela noite ele sonhou que Cristo veio até ele com o mesmo sinal e lhe disse que usasse esse sinal como proteção contra seus inimigos. Sob o sinal da cruz, Constantino saiu vitorioso da batalha e isto o levou a tornar-se cristão. Um ano depois ele proclamou o fim da perseguição aos cristãos e promulgou o “Edito de Milão”, que concedia liberdade religiosa a todos que viviam no Império.
Embora não conheçamos todos os detalhes, a conversão de Constantino foi um dos maiores eventos na história da civilização ocidental. O cristianismo deixou de ser uma religião minoritária e perseguida e passou a ser a religião do próprio Imperador. Se Constantino tentou valer-se do cristianismo para unificar seu império, como se afirma no livro de Dan Brown, então havia um problema que tinha que ser enfrentado, ou seja, a própria igreja estava dividida em relação a muitas questões teológicas! O real motivo por que mais de 200 bispos foram convocados para um concílio na cidade de Nicéia, em 325 A.D., foi a necessidade de fazer frente às questões que estavam sendo discutidas e que causavam a divisão interna da igreja.
Jesus, Maria Madalena e a igreja

Uma das figuras históricas que mais recebe atenção em O Código Da Vinci é Maria Madalena. O livro afirma que ela foi tirada de sua verdadeira função de liderança pelos líderes homens da igreja e pela manipulação ou alteração do cânone do Novo Testamento patrocinada por Constantino. Valendo-se de passagens tiradas do Evangelho de Maria e do Evangelho de Filipe (o livro a apresenta como mulher de Jesus e mãe da filha dele.
Maria Madalena era da cidade de Magdala, que fica a uns cinco quilômetros de Tiberíades, na margem ocidental do Lago da Galiléia. A maioria da população de Magdala era de origem não-judaica, e os judeus desprezavam aquela cidade por sua fama de libertinagem. Não existe nenhuma evidência que permita afirmar que Maria Madalena era “da Casa de Benjamim” ou que ela tinha “sangue real” (p. 236).
Maria era uma daquelas mulheres importantes da Galiléia que seguiram Jesus. Fazia parte de um grupo de mulheres que, com os seus próprios recursos, ajudavam Jesus e os seus discípulos (Lc 8.3). Maria havia sido curada por Jesus, ou seja, dela “tinham sido expulsos sete demônios” (Lc 8.2). Ela é claramente identificada como uma das pessoas que anunciaram aos apóstolos que Jesus havia ressuscitado, testemunho esse que não foi levado a sério (Lc 24.10-11). Nos Evangelhos sinóticos, ela sempre encabeça a lista dessas mulheres que são mencionadas. O Evangelho de João relata o encontro que ela teve com o Jesus ressuscitado (Jo 20.11-18), e é somente neste texto que ela é chamada pelo nome de “Maria” (vs. 11,16 - ARA).
É possível que essa presença de Maria junto ao túmulo, na manhã da Páscoa, o encontro que ela teve com Jesus, e o testemunho dela junto aos discípulos, segundo o relato dos Evangelhos canônicos, tenha levado a desenvolvimentos posteriores. Ela aparece com destaque em documentos escritos durante o segundo e terceiro séculos, especialmente documentos de orientação gnóstica. É nesses escritos que se inspira O Código Da Vinci. No entanto, nem todos esses documentos têm a mesma opinião a respeito de Maria Madalena. Numa passagem do Evangelho de Tomé, Pedro se opõe ao fato de Maria estar entre eles, “pois as mulheres não são dignas de viver”. A resposta atribuída a Jesus é enigmática: “Eis que a atrairei para fazê-la masculino, para que também se faça um espírito vivo semelhante a vós homens, pois, toda mulher que se transforma em varão entrará no reino dos céus” (Evangelho de Tomé, 114). E aí … Jesus era casado com Maria? O livro insiste que “o casamento de Jesus e Maria Madalena faz parte dos registros históricos” (p. 232). No entanto, não existe uma só fonte antiga que diga que Jesus era casado, muito menos que era casado com Maria Madalena. Robert Langdon afirma que “o decoro social daquela época praticamente proibia que um judeu fosse solteiro. De acordo com os costumes judaicos, o celibato era proibido” (p. 232). Isto é uma grande mentira. No tempo de Jesus, muitos membros da comunidade essênia eram celibatários. Quando Leigh Teabing afirma que Jesus era casado (p. 233), isso se baseia numa tradução errônea de um trecho do Evangelho de Filipe.
O Novo Testamento: a fonte confiável

Para resumir, as idéias que aparecem em O Código Da Vinci derivam da imaginação fértil de Dan Brown, e não do que se conhece a respeito do Jesus histórico. A popularidade do livro mostra que as pessoas ficam fascinadas com teorias de conspiração, ainda mais quando isto envolve a igreja! Ao mesmo tempo, as pessoas ainda são fascinadas por Jesus, e isto coloca diante de seus seguidores o desafio de conhecerem mais a respeito das origens da fé cristã. Eles vão descobrir que os documentos do Novo Testamento são de fato dignos de confiança, e que os mesmos podem dar-lhes condições de estarem “sempre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que têm” (1Pe 3.15 – NTLH).
As pessoas vão continuar a escrever livros e romances sobre a vida de Jesus. E, como o Evangelho de João nos lembra: “Ainda há muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas, uma por uma, acho que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos” (Jo 21.25 – NTLH).
* * *
Enquanto eu guardava o meu passaporte e pegava a minha sacola, o funcionário da imigração me disse: “Sabe de uma coisa: eu acho que eu deveria mais é ler o Novo Testamento”.
“Ótima idéia!” – disse eu.



O documento Q

No século XIX, biblistas alemães que investigavam as possíveis fontes que os escritores dos Evangelhos teriam usado, notaram que Mateus, Marcos e Lucas têm um bocado de material em comum. Também notaram que Mateus e Lucas têm em comum textos que não aparecem em Marcos. Exemplos disso são as bem-aventuranças (Mt 5.3-12; Lc 6.20-23) e o Pai-Nosso (Mt 6.9-13; Lc 11.2-4).
Em razão disso, postularam uma fonte para esse material, que veio a ser conhecida como “o documento Q” (“Q” vem de Quelle, que, em alemão, significa “fonte”). Trata-se de uma hipótese que parte do princípio de que tal documento existia em grego, já por volta do ano 50 do primeiro século da era cristã. Se esse documento de fato existiu ou não é um assunto que continua sendo debatido com vigor em círculos acadêmicos. O que se sabe é que escritores cristãos dos primeiros séculos não fazem referência a um tal documento, e até hoje ainda não se encontrou nenhum documento que pudesse ser identificado como “Q”.
Está claro que “Q” não é um evangelho escrito por Jesus a respeito de seu ministério, como afirma Leigh Teabing, em O Código Da Vinci: “Supostamente, trata-se de um livro contendo os ensinamentos de Jesus, talvez escrito por ele mesmo. … Por que Jesus não manteria um diário de seu ministério? A maioria das pessoas fazia isso naquela época” (p. 242).
Gnosticismo

Gnosticismo é um nome genérico que estudiosos dão a uma série de religiões que existiram nos séculos dois e três de nossa era. Deriva da palavra grega gnosis, que significa “conhecimento”. Os gnósticos se consideravam um grupo de elite que detinha a chave ou o segredo da salvação. Somente o conhecimento místico que eles tinham de um Deus que não podia ser conhecido de outra maneira poderia trazer paz interior e salvação. Muitos gnósticos se consideravam cristãos, mas acreditavam piamente que o conhecimento espiritual singular que tinham fazia deles um grupo superior aos demais cristãos.
Durante séculos, muito do que se conhecia a respeito do gnosticismo derivava de obras escritas por gente que criticava e se opunha ao gnosticismo. Até que, em 1945, num antigo vaso de cerâmica descoberto em Nag Hammadi, no Egito, foram encontrados 13 livros que incluíam obras escritas por gnósticos. Essas obras dão detalhes sobre o caráter radical da teologia gnóstica. Em síntese, os gnósticos acreditavam que existem dois âmbitos ou mundos distintos. Um é o mundo da luz espiritual, governado por um Ser uno, transcendente, indescritível. O outro é o mundo material de trevas e ignorância, no qual vivem os seres humanos. O conhecimento é o caminho que permite fugir do mundo da matéria para o mundo do espírito. Jesus não é o Filho de Deus em forma humana, que morreu e ressuscitou para resgatar a humanidade do pecado; ele é, isto sim, o grande revelador da gnosis.
Alguns líderes gnósticos eram inicialmente membros de comunidades cristãs chamadas de ortodoxas. Um desses era Valentino, um teólogo de Roma que ganhou destaque por volta de 140 a 150 A.D. Ele era um intelectual brilhante. Chegou a formular um relato de sua maneira de ver a criação do mundo, a condição humana, e o caminho para o verdadeiro esclarecimento. Outros líderes da igreja ficaram preocupados com o rápido crescimento do gnosticismo, e viram nele uma ameaça ao bem-estar da igreja. Em alguns livros do Novo Testamento existem alguns termos que têm uma certa coloração gnóstica. Timóteo, por exemplo, recebeu a seguinte instrução: “... guarda o que te foi confiado, evitando os falatórios inúteis e profanos e as contradições do saber (gnosis), como falsamente lhe chamam, pois alguns, professando-o, se desviaram da fé” (1Tm 6.20-21 - ARA). Com o passar do tempo, o movimento gnóstico foi posto na clandestinidade e os escritos gnósticos foram, em sua grande maioria, destruídos.
Os Rolos do Mar Morto

No início de 1947, alguns beduínos que cuidavam de cabras nas imediações de Wadi Qumran, junto ao Mar Morto, saíram à procura de um animal desgarrado nas escarpas daquela região. Acabaram encontrando uma caverna com jarros cheios de manuscritos. Nos anos que se seguiram, mais dez cavernas foram encontradas e exploradas na região montanhosa de Qumran. Foram encontrados mais alguns rolos, bem como milhares de fragmentos de rolos: os restos de aproximadamente 800 manuscritos produzidos entre 200 A.C. e 68 A.D.
Entre os manuscritos encontrados nas cavernas de Qumran estavam cópias antigas de livros bíblicos em hebraico e aramaico, hinos, orações, e outros textos e escritos judaicos que aparentemente representam as crenças de um grupo judaico que morava no antigo sítio de Qumran. A maioria dos eruditos acredita que a comunidade de Qumran era um grupo essênio. Os essênios eram uma das quatro “filosofias” judaicas descritas por Josefo, o historiador judeu do primeiro século.
Não sabemos com certeza quem escreveu aqueles rolos. No entanto, pode-se dizer que os autores dos textos aparentemente tinham algum vínculo com o sacerdócio, eram liderados por sacerdotes, não concordavam com o sacerdócio que controlava o Templo de Jerusalém, estimulavam um estilo de vida piedoso e ascético, e aguardavam para breve um embate entre as forças do bem e as forças do mal. “biblioteca de Qumran”, como veio a ser chamada, nos ajudou a entender melhor o texto da Bíblia Hebraica, particularmente no que diz respeito à transmissão do texto. Ao mesmo tempo, nos ajudou a entender melhor o desenvolvimento do judaísmo primitivo, sem falar que nos deu uma melhor compreensão do contexto cultural do judaísmo daquele tempo e do contexto em que surgiu o cristianismo. No entanto, nenhum Evangelho foi descoberto em Qumran. Também não se encontrou nenhum outro documento que falasse de Jesus Cristo ou do cristianismo. Todos os rolos e fragmentos são judaicos. É totalmente falsa a afirmação de Teabing de que “os manuscritos do mar Morto ... encontrados na década de 50, escondidos em uma caverna perto de Qumran, no deserto da Judéia ... falam do ministério de Cristo em termos muito humanos” (p. 223). Também não é verdade que os manuscritos do mar Morto são “os mais antigos registros cristãos” (p. 233).
O Evangelho de Maria

Esse texto é atribuído a Maria Madalena e foi preservado em dois fragmentos gregos do terceiro século (P. Rylands 463 e P. Oxyrhynchus 3525), bem como num manuscrito copta fragmentário do quinto século (Berolinensis Gnosticus 8052,1). O livro como tal provavelmente foi escrito em língua grega, no final do segundo século A.D. Contém idéias a respeito de salvação que são muito parecidas com as que se encontram em outros textos gnósticos.
Embora não tenhamos o texto completo, podemos ver que a obra se divide em duas partes. Na primeira, Jesus, ressuscitado dentre os mortos, transmite uma revelação a todos os seus apóstolos. Mostra-lhes a verdadeira natureza do pecado, admoesta e abençoa-os, comissiona-os a pregar o evangelho, e então se retira. Isso deixa os apóstolos tristes. Maria, então, passa a consolá-los e os estimula a que meditem naquilo que Jesus havia dito. Maria havia recebido uma revelação especial de Jesus. Em função disso, Pedro solicita que ela lhes conte o que Jesus revelara a ela em particular.
Na segunda parte da obra, Maria descreve a visão que havia recebido. Infelizmente, nesta altura faltam quatro páginas do manuscrito, e isto faz com que conheçamos apenas o começo e o final da visão. Tudo indica que Maria tivera uma conversa com Jesus. Ele lhe fez uma descrição de como a alma humana pode ascender, livrando-se dos quatro poderes que controlam o mundo, para encontrar seu descanso eterno.
O fato Jesus ter aparecido numa visão apenas a Maria, explicando-lhe coisas que os apóstolos não conheciam, faz com que Maria tenha, neste Evangelho, uma relação especial para com Jesus. No final do Evangelho, André duvida que Jesus tenha dito aquelas coisas a Maria. Pedro, por sua vez, questiona se Maria de fato teve aquela visão. É neste ponto que Levi diz a seus colegas que Jesus “a conhecia bem e por isso a amou mais do que a nós”. Eles os anima a que saiam e preguem o evangelho, como Jesus havia ordenado. Foi o que fizeram, e assim termina este Evangelho.
O texto pertence ao gênero conhecido como “diálogo gnóstico” e reflete algumas das tensões que surgiram no cristianismo do segundo século. Pedro e André representam o ponto de vista ortodoxo que nega o valor de tais visões e rejeita a autoridade de mulheres para ensinarem na igreja. Maria aparece como estando acima de tudo isso, por causa de um relacionamento especial com Jesus, pelo conhecimento que ela recebeu e pela sua função de encorajar os apóstolos entristecidos.

A Biblioteca de Nag Hammadi

Em dezembro de 1945, perto da aldeia egípcia de Nag Hammadi, alguns agricultores beduínos estavam fazendo escavações, em busca de fertilizantes, quando encontraram um grande vaso de cerâmica. Dentro dele havia treze volumes com encadernação de couro, contendo 52 documentos escritos sobre papiro. Os documentos estavam em língua copta antiga, mas tudo indica que são traduções do grego. Entre os documentos estavam “Evangelhos” supostamente escritos por discípulos de Jesus, como Filipe e Tomé, além de reflexões místicas sobre o mundo e a criação, exposição de doutrinas e ataques dirigidos a cristãos que tinham pontos de vista diferentes daqueles defendidos pelos autores ou grupos de pessoas que escreveram ou preservaram os documentos. Os volumes foram encadernados na segunda metade do quarto século, mas os textos em si foram escritos num período anterior, durante os séculos dois e três.
Não se sabe por que os documentos foram tirados de circulação. Uma possibilidade é que as idéias e os ensinamentos gnósticos contidos neles eram considerados heréticos pela igreja daquele tempo. O mosteiro fundado por São Pacômio ficava a apenas cinco quilômetros do lugar onde os documentos foram encontrados, e é possível que os monges tenham enterrado os mesmos para que fossem preservados.
Quanto ao que se afirma no livro O Código Da Vinci, é preciso dizer que os “Evangelhos” que fazem parte dessa biblioteca se interessam mais pelas qualidades divinas de Jesus do que por sua humanidade. A tese de que Constantino convocou o Concílio de Nicéia para fazer com que os cristãos aceitassem a idéia de que Jesus era divino não se sustenta diante dos fatos históricos.
O Evangelho de Filipe

Em 1945, em Nag Hammadi, no Egito, foi descoberto um único manuscrito copta do Evangelho de Filipe, um documento totalmente desconhecido antes daquela data. É um texto gnóstico, provavelmente compilado no terceiro século. Não se trata de um Evangelho narrativo, como os Evangelhos que se encontram no Novo Testamento. Também não é uma coleção de ditos de Jesus semelhante ao Evangelho de Tomé, em copta. É, isto sim, uma coleção de reflexões místicas atribuídas a Filipe, um dos discípulos de Jesus, que foram tiradas de sermões, discursos e meditações teológicas.
Como os textos não estão em forma de narrativa, são difíceis de interpretar. No entanto, o uso de certas palavras na organização do material ajuda a identificar os temas. Um destes é o contraste entre os que são aptos a entender e os que não são. O texto fala de conhecimento acessível a todos, e conhecimento que é acessível apenas a iniciados. Existem pessoas “de fora” imaturas, que são chamadas de “hebreus”, e que são na verdade cristãos simples ou normais. Existem também iniciados maduros, chamados de “gentios”, que são os próprios gnósticos. A respeito dos “de fora” se afirma que estão errados no que diz respeito a muitas de suas crenças, como, por exemplo, o fato de considerarem a ressurreição de Jesus um evento histórico real (v.21), e não apenas a expressão simbólica de uma verdade mais profunda.
No Evangelho de Filipe dá-se destaque especial aos sacramentos cristãos. Cinco são citados nominalmente: um batismo, uma unção, uma eucaristia, uma redenção, e uma câmara nupcial (v.68). Infelizmente, é difícil saber o que o autor quis dizer com isso, e se esses ritos eram de fato praticados, e como eram praticados. Alguns sugerem que o Evangelho de Filipe é uma coleção de citações tiradas principalmente de um catecismo gnóstico-cristão que tratava dos sacramentos.
Os textos em si foram objeto de muita discussão. Em anos recentes, o que mais se discutiu foi o v.55, que é um texto fragmentário:
A Sofía —a quem chamam “a estéril”— é a mãe dos anjos; a companheira [……………] Madalena. [……………………] mais do que aos […] discípulos (e) a beijou na [……………..]. Os outros [.........] lhe disseram: “Por que [……….] mais do que a todos nós”? O Salvador respondeu e lhes disse: “A que se deve que eu não os queira tanto quanto a ela”?
Por maior que seja a nossa curiosidade, não temos certeza quanto a como preencher as lacunas. O texto diz que Jesus beijou Maria, mas não diz onde a beijou. Em O Código da Vinci, este versículo e o v. 36
Três (eram as que) sempre andavam com o Senhor: Maria, a mãe dele; a irmã de Maria; e Madalena, a quem se designa de sua companheira. Maria é, de fato, a irmã, a mãe, e a companheira dele.
são usados para fundamentar a noção de que Jesus e Maria eram casados. Teabing afirma: “Como qualquer estudioso do aramaico poderá lhe explicar, a palavra companheira, naquela época, literalmente significava esposa”. (p. 233). Na realidade, porém, a palavra que aparece no manuscrito copta não é aramaica. Trata-se de uma palavra emprestada do grego—koinonós—que pode significar “sócia”, “companheira”, “amiga”.
O Evangelho de Tomé

Três fragmentos diferentes de versões gregas do Evangelho de Tomé foram encontrados no começo do século vinte, durante escavações arqueológicas de uma antiga biblioteca em Oxyrhynchus, no Egito. O Evangelho de Tomé na sua íntegra, escrito em copta, foi descoberto entre uma coleção de documentos gnósticos na localidade de Nag Hammadi, no Egito, em 1945.
Este “evangelho” é uma coleção de 114 “ditos secretos” de Jesus, supostamente escritos por Dídimo Judas Tomé, que, segundo algumas lendas, era irmão gêmeo de Jesus. O Evangelho de Tomé traz apenas esses 114 ditos. Não há relato de milagres, nenhum tipo de história ou narrativa, e nada a respeito da morte e ressurreição de Jesus. O autor não se interessa pela vida, morte e ressurreição de Jesus. Ao contrário, volta-se para ensinamentos misteriosos que Jesus teria dado. No início ele afirma: “Quem descobre o sentido destas palavras não experimentará a morte” (dito número 1).
Mais da metade dos ditos é semelhante a textos que se encontram nos Evangelhos do Novo Testamento. Um exemplo é o dito número 34:
Disse Jesus: Quando um cego guia outro cego ambos cairão na cova.
Por outro lado, contém ditos e parábolas de Jesus que não constam dos quatro Evangelhos do Novo Testamento. Também traz versões diferentes de palavras bem conhecidas de Jesus que se encontram nos Evangelhos canônicos. Um exemplo é o dito número 31:
Nenhum profeta é aceito em sua aldeia. O médico não cura aqueles que o conhecem.
Alguns ditos são bem diferentes e revelam idéias gnósticas. Exemplo disso é o dito número 11:
Disse Jesus: Este céu passará como aquele que está acima dele. Os mortos não vivem e os vivos não morrerão. No dia em que comeis o que está morto, torná-lo-eis vivo. Que fareis quando estiverdes na luz? No dia em que éreis um, vos tornastes dois. Mas que fareis quando vos tornardes dois?
As pessoas são vistas como espíritos que caíram do mundo divino e estão como que presas em seus corpos materiais. Houve um tempo em que eram um espírito unificado, mas se tornaram dois: um corpo e um espírito. Agora é preciso fugir do corpo e se tornar um outra vez. A salvação só é possível para aqueles que entendem isso e adquirem o conhecimento necessário para fugir do corpo. Estes são os que descobrem o verdadeiro sentido das palavras (dito número 1). Quem transmite tal conhecimento é Jesus. Ele é o revelador divino que traz o conhecimento secreto que pode libertar do mundo material que é mau. A morte e a ressurreição dele não têm nenhum significado para a salvação.
Alguns eruditos acham que esse documento, e outros que são atribuídos a Tomé, apontam para uma certa tradição existente no cristianismo primitivo. Entendem que, excetuando o Novo Testamento, trata-se do mais autêntico e mais significativo documento cristão primitivo. Em termos geográficos, o nome de Tomé era associado à região da Síria, talvez porque Tomé ou algumas pessoas que o tinham por seu mentor apostólico chegaram a viver naquela região. No entanto, mesmo que alguns ditos sejam bastante antigos e possam remontar a Jesus, o documento como um todo foi escrito depois dos Evangelhos que se encontram no Novo Testamento, durante o segundo século A.D. Em todo caso, não foi incluído no Novo Testamento quando este foi formado.
* Bill Mitchell é especialista em tradução da Bíblia e coordenador de Tradução da Área das Américas das Sociedades Bíblicas Unidas.
Sociedades Bíblicas Unidas - 21/12/2005